Ministros do STF viram com natural normalidade o movimento de cadeiras promovido por Jair Bolsonaro na segunda-feira (29). A troca no comando do Itamaraty, exigida pelo Congresso, e as mexidas na Casa Civil e na Defesa para a chegada de uma ministra política na articulação do Planalto foram vistas como um movimento de correção de rumos.
O presidente, em vez de dobrar a aposta no conflito, optou por afagar o centrão, ao colocar no palácio a deputada Flávia Arruda, um dos nomes do partido de Valdemar Costa Neto. Colocou no lugar de Ernesto Araújo, o chanceler blogueiro, Carlos Alberto Franco França, um embaixador de carreira com amplo reconhecimento nos quadros do Itamaraty.
As outras mudanças, como a saída de Fernando Azevedo e a mudança de André Mendonça para a AGU foram lidas como ajustes necessários para a nova acomodação política. “O presidente está buscando um ajuste político para a sequência do governo. Não vejo nada novo no cenário”, diz um ministro do STF ao Radar.
Mendonça deve ir ao STF nos próximos meses e já seria uma baixa na Justiça. Ele abre espaço para que o delegado Anderson Torres toque uma agenda mais voltada para a segurança pública na pasta. “Precisamos aguardar a conclusão dos movimentos para ter uma visão mais apropriada, mas não parece algo diferente da política de qualquer governo”, diz outro magistrado.
(Com informações do Poder360)