O ministro da Justiça, Sergio Moro, acionou o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, nesta quarta-feira (30) para abertura de um inquérito que apure as circunstâncias em que houve citação do nome do presidente Jair Bolsonaro nas investigações do assassinato de Marielle Franco.
No documento, o ministro diz que pode ter ocorrido “eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do Presidente da República no crime em questão, o que pode configurar crimes de obstrução à Justiça, falso testemunho ou denunciação caluniosa”.
Ele solicita que o PGR “requisite a instauração de inquérito para apuração, em conjunto, pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, perante a Justiça Federal, de todo o ocorrido e de todas as suas circunstâncias”.
O pedido vem um dia após o Jornal Nacional revelar que a Polícia Civil do RJ descobriu que o acusado de estar dirigindo o carro que realizou os disparos contra a vereadora, em 14 de março, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio Vivendas da Barras no dia em que a parlamentar foi assassinada, alegando que visitaria Jair Bolsonaro.
No dia do crime, o porteiro trabalhava na guarita que controla os acessos ao condomínio. Às 17h10 ele escreve no livro de visitantes o nome de quem entra, Élcio, o carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa que o visitante iria, a de número 58, que pertence ao hoje presidente da República. (Exame)