O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou nessa quinta-feira (18) que recebeu o visto norte-americano após semanas de espera. O documento é necessário para que ele participe de compromissos internacionais ligados à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
“Recebi o visto hoje, algo que é uma obrigação de um país que tem um acordo com organismo internacional da ONU e da Opas, que tem que garantir o acesso de uma autoridade que é convidada para esses eventos”, declarou o ministro a jornalistas.
Padilha afirmou que ainda avalia se acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia Geral da ONU, prevista para 22 a 24 de setembro, em Nova York. Segundo ele, a prioridade no momento é a votação no Congresso da medida provisória que cria o programa Agora Tem Especialistas, pautada para a próxima semana. “Essa sessão na Assembleia Geral da ONU acontece no dia 25, então, vou avaliar ao longo dos dias a programação para decidir se estarei presente ou não”, explicou.
Por outro lado, o ministro já confirmou presença na Assembleia Geral da Opas, que ocorre nos dias 29 e 30 de setembro, em Washington, D.C. “Aí já concluiu a votação no Congresso Nacional, então estou absolutamente decidido pela importância que tem a participação do ministro da Saúde do Brasil”, afirmou.
Vistos cancelados e tensão diplomática
O Itamaraty havia solicitado a renovação do visto em agosto, já que o documento de Padilha estava vencido desde 2024. A demora no processo ocorreu em meio a tensões diplomáticas. O governo dos Estados Unidos, durante a gestão Donald Trump, adotou medidas contra o Brasil após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, impondo sanções a autoridades ligadas ao programa Mais Médicos.
No início de agosto, a esposa e a filha de 10 anos de Padilha tiveram seus vistos cancelados, assim como outros servidores e ex-servidores do Ministério da Saúde envolvidos na execução do programa. Dias antes da renovação, o ministro chegou a declarar que não estava “nem aí” para a possibilidade de não ter a entrada autorizada no país.
O presidente Lula tem viagem marcada para Nova York no domingo (21), com visto já autorizado. A composição completa da comitiva presidencial, porém, ainda não foi definida.
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