A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, deve participar na próxima quarta-feira (4), de uma uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, no Senado. A audiência foi organizada para que a ministra apresente informações detalhadas sobre a situação crítica dos incêndios e queimadas que afetam diversas regiões do Brasil.
O convite para a presença de Marina Silva foi aprovado na última quarta-feira (28) e foi proposto pela presidente da comissão, senadora Leila Barros (PDT-DF). Em sua justificativa, Leila Barros destacou a gravidade da situação, observando que os incêndios têm causado danos significativos a vastas áreas de florestas e biomas essenciais como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, além de impactar áreas de agricultura e pecuária.
A senadora enfatizou que os incêndios resultam em danos ambientais irreparáveis, perda de biodiversidade, emissão de gases de efeito estufa e afetam diretamente a saúde e o bem-estar das populações locais. Ela também ressaltou as consequências econômicas, incluindo a perda de produtividade agrícola.
“O Senado precisa ter clareza sobre o impacto dessas crises e sobre as medidas que estão sendo adotadas para mitigar esses efeitos,” afirmou Leila Barros.
A audiência será aberta à participação do público por meio do portal e-Cidadania ou pelo telefone da ouvidoria 0800 061 22 11.
Queimadas em números alarmantes
O estado do Amazonas enfrentou o maior número de queimadas para o mês de agosto dos últimos 26 anos, com 10.328 focos de incêndio, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o maior número registrado desde 1998, quando o monitoramento começou. Além do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia também decretaram situação de emergência devido aos incêndios florestais.
Em São Paulo, mais de dez pessoas foram presas recentemente por suspeita de provocar queimadas, e o governo federal solicitou à Polícia Federal uma investigação aprofundada. A corporação está conduzindo 5.589 inquéritos relacionados a questões ambientais, com 32 focos especificamente em incêndios na Amazônia, 29 no Pantanal e 3 em São Paulo, iniciados entre 2023 e 2024.
Além disso, o céu de Brasília foi encoberto por fumaça proveniente de incêndios, evidenciando o impacto abrangente das queimadas no país. Na última terça-feira (27), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a União aumente o contingente de agentes para combater e prevenir os incêndios na Amazônia e no Pantanal.
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