Entrevista: “O apoio político do governador, Eduardo Riedel, é fundamental” afirma o Deputado Federal, Beto Pereira

Foto: Beto Pereira é deputado federal por Mato Grosso do Sul, é bacharel em direito e empresário, filho do ex-senador Valter Pereira e tataraneto do fundador da Capital,
José Antônio Pereira. Em 2004, foi o prefeito mais jovem do Estado, na época, ao ser eleito para administrar o município de Terenos, aos 26 anos. Em 2014, foi
eleito deputado estadual com 27.182 votos. Foi presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa, a mais importante comissão
da Casa de Leis. Em 2022, foi reeleito deputado federal, com 97.872 votos, em Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 2023, foi eleito para compor a mesa diretora
da Câmara dos Deputados/Cayo Cruz
Foto: Beto Pereira é deputado federal por Mato Grosso do Sul, é bacharel em direito e empresário, filho do ex-senador Valter Pereira e tataraneto do fundador da Capital, José Antônio Pereira. Em 2004, foi o prefeito mais jovem do Estado, na época, ao ser eleito para administrar o município de Terenos, aos 26 anos. Em 2014, foi eleito deputado estadual com 27.182 votos. Foi presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa, a mais importante comissão da Casa de Leis. Em 2022, foi reeleito deputado federal, com 97.872 votos, em Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 2023, foi eleito para compor a mesa diretora da Câmara dos Deputados/Cayo Cruz

Beto deseja unir Eduardo Riedel, Reinaldo Azambuja e demais lideranças do PSDB em torno do seu nome

Anunciado como pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo presidente do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no sábado passado (8), o deputado federal Beto Pereira (PSDB) disse que o projeto de chegar ao Paço Municipal passa pela soma dos apoios do governador, Eduardo Riedel, e do ex-governador Reinaldo Azambuja. Nesta caminhada, espera “convergência” da ala tucana para evitar conflitos desnecessários e deseja ter o maior número de partidos apoiadores em torno do seu nome.

O PSDB repete a mesma receita de 2022, quando lançou, um ano antes, o então secretário de Governo, Eduardo Riedel, a pré-candidato ao Estado. “Em tudo o que é feito de forma planejada, a chance de obter êxito é muito maior do que quando se faz de supetão”, disse Beto Pereira. Em visita ao jornal O Estado, o deputado quer andar junto com o governador Eduardo Riedel na campanha, mostrando à população a capacidade do PSDB, em fazer gestão.  

“O apoio político do governador, Eduardo Riedel, é fundamental, especialmente na medida em que ele possa afiançar a proposta do partido. Esse apoio torna-se ainda maior, à medida que ele tem um modelo de gestão que está sendo aprovado pela população. Por isso, ter a sua assinatura numa proposta que será apresentada pela população tem um peso imenso. O apoio de Eduardo Riedel dá a garantia de que o que iremos apresentar tem a sua chancela, principalmente porque hoje os problemas de Campo Grande são complexos, são problemas estruturantes e não podem ser ignorados. Teremos que tomar medidas responsáveis corajosas e, para isso, teremos que contar com o apoio do Governo do Estado”, justificou.

Sobre os atuais problemas financeiros que passam o município, Beto Pereira entende que será preciso promover o crescimento com responsabilidade e adotar medidas duras para Campo Grande voltar a se desenvolver. No campo político, o deputado não descarta receber apoio da senadora Tereza Cristina, mesmo que o PP tenha filiado a atual prefeita Adriane Lopes e de sentar para conversar com o ex-governador André Puccinelli, duas vezes prefeito de Campo Grande, nome do MDB para a eleição de 2024.

O Estado: O presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite, chancelou sua pré-candidatura a prefeito de Campo Grande. Podemos dizer que o ato do último sábado (8) deu a largada a sua campanha?

Beto Pereira: O meu nome, como pré-candidato a prefeito de Campo Grande, surgiu de forma natural dentro do partido e passou a ser debatido como um projeto a ser construído. Quando o presidente nacional do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, veio ao Estado e colocou a minha pré- -candidatura em seu discurso, ele acabou potencializando um projeto que já estava em andamento no Estado. Esse pronunciamento de Eduardo Leite se soma ao do governador, Eduardo Riedel, e ao do presidente regional do PSDB, o ex-governador de MS, Reinaldo Azambuja, naturalmente dá mais força ao projeto que é do partido e não somente meu.

O Estado: O PSDB, novamente, lança um nome um ano antes da eleição. Foi assim com Eduardo Riedel. Isso faz parte de uma estratégia de consolidar seu nome ou é por que não há possibilidade de apoiar outro nome?

Beto Pereira: Tudo faz parte de um planejamento em que, em primeiro lugar, estamos debatendo ideias para Campo Grande. Quando existe convergência evita-se gastar energia em disputas desnecessárias. Em tudo que é feito de forma planejada, a chance de obter êxito é muito maior do que quando se faz de supetão. Estamos construindo uma convergência, mas o que estamos dando início é a um debate partidário que deverá prosseguir, pois ainda falta muito tempo para a campanha eleitoral e para a eleição. O partido não pode fechar a questão com toda essa antecedência.  

O Estado: Na sua campanha, é esperado qual tipo de apoio do governador Eduardo Riedel?

 Beto Pereira: O apoio político do governador, Eduardo Riedel, é fundamental, especialmente na medida em que ele possa afiançar a proposta do partido. Esse apoio torna- -se ainda maior, à medida que ele tem um modelo de gestão que está sendo aprovado pela população. Ter a sua assinatura numa proposta que será apresentada pela população tem um peso imenso. O apoio de Eduardo Riedel dá a garantia de que a proposta que iremos apresentar tem a sua chancela, principalmente porque hoje os problemas de Campo Grande são complexos, são estruturantes e não podem ser ignorados. Teremos que tomar medidas responsáveis e corajosas, e, para isso, teremos que contar com o apoio do Governo do Estado. Hoje, o Estado que nós temos tem demonstrado capacidade de investimento, de gestão. Eu entendo que a receita que o PSDB apresentou, em nível estadual, é a ideal para Campo Grande.

O Estado: Que avaliação o senhor faz da atual administração da Capital?

Beto Pereira: Temos avaliações qualitativas e quantitativas, que apontam que vivemos problemas sérios em Campo Grande, em praticamente todos os setores da administração municipal. Falta planejamento, falta gestão na área da saúde, por exemplo, falta médico e remédio; temos problemas de mobilidade urbana, que a população carrega há anos; transporte público ineficiente; trânsito caótico; Campo Grande ainda está analógica, pois numa década tecnológica inexiste a automação do serviço de trânsito, que não conta com sincronização de semáforos. Quando eu era criança, me lembro que vinha com meu avô, de Rochedo, e tinha onda verde na rua 13 de Maio. Hoje, não me lembro em quais ruas que existe onda verde.

O Estado: Quando, na vida pública, passou a desejar ser prefeito de Campo Grande?

Beto Pereira: Durante muito tempo eu ouvi que Campo Grande sempre foi citada como exemplo de cidade bem administrada. Hoje, isso acabou, com indicadores que a colocavam como exemplo para outras capitais. Não eram só as belezas naturais que eram destacadas e com o tempo isso acabou. Era uma cidade que não tinha favela. Com o tempo, veio um período de desestruturação de políticas públicas. Isso começou antes da prefeita Adriane e ela está apenas dando continuidade a essa desestruturação, sendo que esse ciclo negativo precisa ser rompido.

O Estado: Deputado, sabe que a situação econômica da cidade não é boa. Por que enfrentar este desafio?

Beto Pereira: O modelo administrativo implantado pelo PSDB, desde a posse do ex-governador Reinaldo Azambuja, no seu primeiro mandato e que assegurou sua reeleição e a eleição de Eduardo Riedel, é a fórmula ideal para organizar a Prefeitura da Capital. Promover o crescimento com responsabilidade e, quando se fizer necessário, adotar medidas duras é o caminho a ser seguido para que Campo Grande volte a ter uma administração capaz de orgulhar a todos que aqui residem. É para fazer a Capital voltar a ser o que era há alguns anos que estou nesse desafio.  

O Estado: Em sua experiência como político, foi prefeito de Terenos-MS, vencendo, inclusive, a atual senadora Tereza Cristina nas urnas. Muito se fala deste duelo, mas com a Tereza nos bastidores?

Beto Pereira: Não existe duelo. A senadora Tereza Cristina é uma pessoa que vem da área técnica e mesmo quando disputou a eleição em Terenos, vinha da administração do Senar, que faz parte da Famasul. Assim foi quando tornou-se secretária da Produção e mesmo como ministra. Hoje, essa experiência da Tereza Cristina não se reflete na administração municipal de Campo Grande. Quanto a um possível apoio, não está descartado, até porque falta muito tempo para a eleição.

O Estado: Recentemente, o ex-governador André Puccinelli disse que poderia aceitar ser vice do senhor, assim como o convidaria a ser vice dele. Isso chegou a ser discutido?

Beto Pereira: Nesse momento, nosso foco é construir um projeto para Campo Grande, ouvindo pessoas e elaborando propostas que deverão ser apresentadas à população da Capital. Não estamos discutindo nomes em nenhum dos níveis. Isso vai acontecer no momento certo.

Por Laureando Secundo

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