O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse no fim da manhã desta 4ª feira (20.mai.2020) que é necessário buscar uma forma de manter os programas emergenciais criados para combater os efeitos do coronavírus.
Ele citou medidas de socorro aprovadas pelo Congresso para diversos setores, principalmente o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais impedidos de trabalhar durante a quarentena. A medida ficou conhecida como “coronavoucher” e tem duração de 3 meses.
“Agora vamos ter 1 grande desafio: como mantemos os programas vivos sem gerar todas as dificuldades que ontem o Mansueto colocou na entrevista que deu”, afirmou Maia. A possibilidade de manter esses programas está tomando cada vez mais espaço nas discussões em Brasília.
Maia se refere à frase do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que disse ser “fiscalmente impossível” manter o pagamento e que a retração da economia em 2020 pode passar de 5%.
O presidente da Câmara falou em transmissão ao vivo promovida pela Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo, que tem à frente seu aliado Efraim Filho (DEM-PB).
Além de deputados, participaram representantes empresariais. Houve reclamações sobre o tempo que demora entre a aprovação de uma medida pelo Congresso, como a facilitação de empréstimos durante a pandemia, e sua implementação. Também houve críticas à duração do isolamento social.
Rodrigo Maia afirmou que a única política possível no momento de pandemia “é a política do estímulo”. Ele citou ações nesse sentido tomada pelos governos dos EUA e de alguns países europeus, mas ressalvou que o Brasil tem menos recursos.
A pandemia de covid-19 tem fortes efeitos na economia porque a principal forma de controle da doença, causada pelo coronavírus, é o isolamento social. A medida impede as pessoas de trabalhar, travando a atividade econômica.
(Texto:Ana Beatriz Rodrigues com informações do Poder 360)