Condenada pelo crime de peculato, a ex-vereadora Magali Picarelli (MDB), a nora, a ex-nora e a ex-chefe de gabinete tiveram pena decretada em mais de 20 anos de prisão. Serão sete anos de reclusão, a emedebista foi denunciada na Operação Urutau, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra o esquema de desvio de dinheiro público por meio de convênios com a Seleta e a Omep em dezembro de 2016.
De acordo com a sentença da juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, a ex-vereadora e as três rés terão que devolver R$ 54.969,18 aos cofres municipais, de onde saíram os salários. No período em que recebiam do poder público, Kamila e Aline trabalhavam com cerimonial em empresa particular.
De acordo com a denúncia do Gaeco, Kamila e Aline foram contratadas pela Secretaria Municipal de Ação Social, mas acabaram cedidas para trabalhar no gabinete de Magali na Câmara Municipal. No entanto, segundo a investigação feita pela promotoria, as mulheres não compareciam para trabalhar no legislativo e faziam parte da equipe de fantasmas bancada pelos convênios.
“Embora não comparecessem para exercer seus encargos públicos, as acusadas receberam remuneração normalmente, assim como valores a título de rescisão contratual, conforme se verifica da análise dos documentos”, pontuou a magistrada na sentença.