Lula pode anunciar Gleisi Hoffmann como ministra em nova reforma ministerial

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar a deputada Gleisi Hoffmann como nova ministra ainda na próxima semana, segundo defendem aliados do governo. A intenção é concluir as negociações internas no Partido dos Trabalhadores (PT) antes de abrir diálogo mais profundo com o chamado Centrão para a recomposição de espaços no governo.

O nome de Gleisi é cotado principalmente para a Secretaria-Geral da Presidência, ministério estratégico que faz a articulação entre o Executivo e movimentos sociais. A pasta é atualmente ocupada por Márcio Macêdo, também do PT. Outra possibilidade considerada é o Ministério do Desenvolvimento Social, hoje sob o comando de Wellington Dias (PT-PI). Se essa opção prevalecer, Wellington deixaria o cargo para assumir seu mandato no Senado, conquistado em 2022.

A expectativa é que as mudanças sejam feitas antes do Carnaval, que acontece na primeira semana de março, para que, ao retornarem do recesso, os parlamentares já encontrem o novo cenário definido, facilitando o andamento da pauta governista no Congresso.

Mesmo com uma agenda intensa de viagens, Lula deverá ajustar o ministério. Os compromissos previstos incluem:

– 7 de fevereiro – viagem a Paramirim (BA) para o lançamento do programa “Água para Todos – Bahia”;

– 13 de fevereiro – visita a Macapá (AP) para a cerimônia de cessão de terras federais e evento do Minha Casa, Minha Vida;

– 14 de fevereiro – viagem a Belém (PA) para atividades relacionadas à organização da COP30.

Após concluir as mudanças internas no PT, Lula deve avançar nas conversas com partidos do Centrão. O PSD, comandado por Gilberto Kassab, tem reivindicado maior representação no governo, especialmente na Esplanada dos Ministérios.

O PSD mira as pastas do Turismo, atualmente ocupada por Celso Sabino (União Brasil), e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

A saída de Alckmin do MDIC abriria espaço para o PSD, com a possível nomeação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Essa movimentação pode ser acompanhada por uma reorganização interna, com Márcio França (PSB), atual ministro das Pequenas Empresas, migrando para o MDIC.

Outra articulação em discussão é a possível indicação da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para o Ministério da Ciência e Tecnologia. A nomeação seria uma estratégia para aumentar a representatividade de jovens e mulheres no primeiro escalão do governo, ao mesmo tempo que compensaria o PSB pela eventual saída de Alckmin do MDIC.

O futuro do Ministério da Defesa também está em pauta. O atual titular, José Múcio Monteiro, já comunicou a aliados que não deve permanecer até o fim do terceiro mandato de Lula, o que abre espaço para novas negociações no médio prazo.

Outro nome cogitado para assumir um papel de destaque é o de Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que pode ser indicado para a Secretaria de Relações Institucionais, caso o atual ministro, Alexandre Padilha, seja deslocado para o Ministério da Saúde. Contudo, há uma preocupação em não sobrecarregar o MDB, que já possui três ministros: Simone Tebet (Planejamento), Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades).

 

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