O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na terça-feira (30) a demissão do delegado federal Alessandro Moretti, atual diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o número 2 na hierarquia da instituição. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (31).
Ainda pela manhã da terça-feira (30), Lula afirmou em entrevista à CBN Recife, que não havia clima para manter Alessandro Moretti na Abin, caso fosse comprovado seu envolvimento em conluio com o deputado e ex-diretor da instituição, Alexandre Ramagem (PL-RJ) na espionagem clandestina de adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem citar Moretti, o Lula disse que tinha “um cidadão” que mantinha relação com Ramagem e que, se isso for verdade, não havia “clima” para ele “continuar na polícia”.
“A gente nunca está seguro. O companheiro que eu indiquei para ser o diretor-geral da Abin (Luiz Fernando Corrêa) é o companheiro que foi o meu diretor-geral da PF entre 2007 e 2010. É uma pessoa que eu tenho muita confiança e por isso o chamei, já que não conhecia ninguém dentro da Abin. E esse companheiro montou a equipe dele”, disse Lula à CBN Recife.
Vale ressaltar que integrantes do governo já consideravam insustentável a permanência de Alessandro Moretti na Abin, após mais uma fase da operação que investiga um esquema ilegal de espionagem na agência, a chamada Abin paralela.
Alessandro Moretti ocupou cargo de confiança no Ministério da Justiça, na gestão de Anderson Torres, ex-ministro do governo Bolsonaro. Chegou ao segundo lugar da hierarquia da agência na atual gestão, por insistência de Luiz Fernando Corrêa, atual chefe da Abin. Lula e Corrêa se aproximaram ainda em 2002, quando o petista venceu a eleição pela primeira vez.
Com informações do SBT News.
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