Lula e Trump devem conversar por telefone ou videoconferência após encontro relâmpago na ONU

Foto: reprodução/redes sociais/ Ricardo Stuckert/PR
Foto: reprodução/redes sociais/ Ricardo Stuckert/PR

O Palácio do Planalto confirmou nesta quarta-feira (24) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem conversar nos próximos dias por telefone ou videoconferência. A iniciativa partiu de Trump, que fez a proposta durante um rápido encontro com Lula na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na terça-feira (23).

“Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Em retrospecto, fico feliz de ter esperado, porque essa coisa não deu muito certo, mas nós tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na próxima semana. Ele gostou de mim e eu gostei dele”, disse Trump em discurso na ONU, provocando surpresa no meio diplomático.

A aproximação ocorre em meio a crise nas relações Brasil–EUA, aberta em agosto, quando Washington impôs taxações e sanções a produtos e autoridades brasileiras. As medidas foram vistas como tentativa de interferência em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

Em entrevista ao programa PBS NewsHour, Lula havia sinalizado disposição para dialogar, mas reforçou que “não aceitaria interferências” na democracia ou na soberania nacional. “Um chefe de Estado precisa ter uma relação com outro chefe de Estado, independente de sua posição política”, afirmou.

Conversa cautelosa

De acordo com interlocutores do Planalto, assessores dos dois presidentes alinham detalhes para o encontro virtual, uma vez que a agenda de Lula já está cheia e o governo brasileiro quer seguir protocolos formais. A medida visa evitar o que fontes diplomáticas classificam como “uso político ou midiático” da conversa.

A cautela se justifica pelo histórico de Trump em reuniões com outros líderes. O republicano já expôs divergências em público, como no episódio em que discutiu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em fevereiro, e ao acusar o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa de promover “genocídio branco”.

Ainda não há data definida, mas a expectativa é que a ligação entre Lula e Trump ocorra na próxima semana, marcando um gesto de distensão em um momento de forte tensão diplomática entre os dois países.

 

Com informações do SBT News

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