O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (24) que o encontro com o presidente norte-americano Donald Trump, previsto para domingo (26), será positivo para ambos os países. “Vamos voltar à nossa normalidade”, declarou o petista, demonstrando otimismo com o diálogo. Em entrevista coletiva concedida em Jacarta, na Indonésia, Lula destacou que acredita no “sucesso” da reunião e disse que só participa de encontros quando confia na possibilidade de avanços concretos.
Um dos principais temas esperados na conversa é a retomada das negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente sobre as tarifas impostas por Washington a produtos brasileiros. Lula, no entanto, adiantou que também pretende discutir a punição aplicada a ministros brasileiros, que, segundo ele, “não tem explicação”. O presidente afirmou que não há nenhum assunto vetado e reforçou o desejo de apresentar dados que comprovem equívocos nas medidas econômicas tomadas pelo governo norte-americano.
A Casa Branca já havia confirmado, na última terça-feira (22), o interesse de Trump em realizar o encontro durante a 47ª ASEAN (Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático), em Kuala Lumpur, na Malásia. “Todo mundo sabe que eu dizia que, quando o presidente Trump quisesse conversar, o Brasil estava à disposição para sentar e negociar”, disse Lula, lembrando que o encontro vinha sendo articulado há algum tempo.
O diálogo entre os dois líderes vem sendo construído desde o início de outubro, quando Lula e Trump conversaram por telefone por cerca de 30 minutos, em tentativa de reduzir tensões comerciais. Após a ligação, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, deram continuidade às tratativas, inclusive com uma reunião presencial em Washington na semana passada, a convite do representante norte-americano.
Lula chegou à Malásia na manhã desta sexta-feira (24), acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, para participar da cúpula da ASEAN. Antes, o presidente esteve na Indonésia, onde assinou acordos de cooperação com o presidente Prabowo Subianto e participou de encontros com empresários. A viagem faz parte de uma agenda que busca ampliar parcerias econômicas e diplomáticas do Brasil na Ásia e reforçar o posicionamento do país no cenário internacional.
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