Lira diz que reforma tributária será votada nesta quinta-feira pelo Plenário da Câmara

Presidente da Câmara antecipou seu retorno a Brasília, mas não conseguiu quórum para debater MP da reoneração, operações da PF e vetos de Lula às emendas. - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara antecipou seu retorno a Brasília, mas não conseguiu quórum para debater MP da reoneração, operações da PF e vetos de Lula às emendas. - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Deputado relator da proposta faz mudanças após pressão de governadores e prefeitos em Brasília

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a discussão da reforma tributária seria iniciada na tarde de quarta-feira (5) e a votação do texto, em primeiro turno, será realizada na noite desta quinta-feira (6). Em entrevista à Globonews, Lira afirmou que o objetivo da discussão é exaurir a proposta e buscar construir um texto de consenso que atenda a maioria.

O presidente afirmou que alguns pontos do texto ainda estão sendo negociados com líderes partidários, governadores e prefeitos, sobretudo o papel do Conselho Federativo, órgão que teria a função de arrecadar e repassar os recursos aos entes federados. 

De acordo com o presidente, a resistência dos governadores está diminuindo, e todos estão em busca de um texto que traga mais governança, transparência e tecnicidade ao conselho. “A reforma tributária, todos defendem, ninguém é contra a simplificação, desburocratização, segurança jurídica,

mais amplitude da base de contribuição. O que todos têm receio é a autonomia sobre a cobrança, a gestão dos recursos, o medo do desconhecido, e apostar que essa polarização não irá refletirá no Conselho. A gente vai tentando diminuir essas dúvidas”, destacou. 

 

Investimentos

Lira ressaltou que o país é um dos maiores potenciais de investimentos internacionais que são freados por um sistema tributário que gera insegurança jurídica. Segundo ele, o sistema tributário atual é predatório e tem que ser modificado. Lira afirmou que, se o texto for aprovado, o mérito é de todos.

“O caminho é longo, o Senado pode alterar e, se alterar, ainda volta para a Câmara. Teremos uma transição longa para respeitar os incentivos, os contratos, as acomodações, sem querer prejudicar nenhum setor, e diminuído desigualdades grotescas”, destacou. Arthur Lira afirmou ainda que não se trata de uma matéria de interesse do governo ou da oposição, mas uma reforma que interessa ao País.

De acordo com o presidente, o governo tem a responsabilidade de cuidar das pautas do Brasil, mas o Congresso é protagonista. “Erra quem tenta politizar a reforma tributária. É uma pauta do Brasil, precisamos de um texto neutro, que não aumente a carga”, ponderou Lira. (Com Agência Câmara de Notícias)

 

[Alberto Gonçalves– O ESTADO DE MS]
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