Por Rayani Santa Cruz, Jornal O Estado de MS.
No quarto mês do ano eleitoral, dirigentes partidários de Mato Grosso do Sul, já estão em conversações para futuras alianças partidárias. As convenções ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto e antes das tratativas finais, os grandes partidos já indicam quais serão as legendas que devem caminhar no mesmo objetivo.
A presidente do União Brasil, em Mato Grosso do Sul, senadora Soraya Thronicke afirma que o partido já firmou com o Podemos, e está construindo as alianças partidárias que vão garantir o fortalecimento das bases para as eleições de 2022.
“Nesse momento já consolidamos a composição com o Podemos e as novas parcerias estão em estágio avançado. Seria prematuro citar nomes agora, antes do alinhamento final das pré-candidaturas, visto que os nomes serão avaliados nas próximas pesquisas que realizaremos. Tudo isso para que a população nos mostre a melhor composição”, disse a presidente do União-MS.
A senadora não citou, mas existem tratativas com o Avante, que tem como presidente Lucio Soares.
Pelo MDB, o pré-candidato a governador, André Puccinelli afirma que o Solidariedade já firmou compromisso de ajudar no projeto eleitoral. Ele diz ainda, mas sem citar nomes, que os emedebistas conversam com outros três partidos. “As alianças ocorrerão no seu tempo.”
Puccinelli afirmou ao Jornal O Estado, que o partido também tenta convencer a deputada federal Tereza Cristina, presidente do PP para que ela dispute o Senado na majoritária do MDB. “Ela não decidiu ainda para que lado vai, e queremos ela em nossa chapa”, disse o pré-candidato ao Governo do Estado.
Já o presidente do PSD, senador Nelsinho Trad afirmou através de assessoria “que não houve nenhuma conversa sobre esse assunto”. Apesar da declaração, o presidente do Patriota, deputado Lídio Lopes, afirmou durante a posse da esposa Adriane Lopes [do mesmo partido] para prefeita de Campo Grande, que a sigla vai caminhar junto com o pré- -candidato a governador Marquinhos Trad.
A prefeita, Adriane Lopes, afirmou durante coletiva de imprensa na inauguração da base da Guarda Municipal, na semana passada que vai focar no mandato e apoiará Trad na empreitada.
O PT tenta apoio do Rede e do PSOL, afirmou o presidente Vladimir Ferreira. “A ideia é que a gente possa formatar uma aliança com nossos partidos de esquerda. A gente entende que se nosso campo estiver unificado, temos mais chances de disputar segundo do governo com a nossa pré- -candidata Giselle Lopes.”
O PT está federado com o PV, e PCdoB, então esses partidos já estão aliançados nos projetos regionais pela regra de verticalização nos próximos quatro anos. As lideranças do PT querem dialogar com o PSB, e outro, que está na mira é o PDT.
“Vamos conversar também com o PDT, que apesar de ter uma candidatura presidencial tem um histórico de alianças com o PT, aqui em MS.”
Agora, resta saber sobre a decisão final do PSB, do presidente Ricardo Ayache. O PT quer verificar se é possível apoio no projeto, embora o PSB já tenha sinalizado que vai firmar parceria com o PSDB por não ter obrigação de seguir a decisão da nacional, que indicou Geraldo Alckimin para ser vice de Lula.
O presidente regional do PSDB, Sergio de Paula, é favorável a parcerias partidárias em torno de projetos do ninho tucano. Ele disse ao Jornal O Estado em entrevista passada, que o partido já pactuou forte parceria com o Progressistas, dirigido pela deputada federal Tereza Cristina.
O pré-candidato pelo partido, Eduardo Riedel destacou que o PSDB está compondo forte parceria com o Progressistas, PDT, Republicanos e PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
“As alianças e as parcerias são naturais da política. E serão atraídos aqueles que tem compromisso com esse projeto. Temos uma aliança do PP com a Tereza Cristina, que vai ser candidata ao Senado e está junto conosco. Temos uma aliança com o PL, que nós estabelecemos com os pré-candidatos a deputados federais e estaduais. Temos aliança com o Republicanos do Wilton Acosta, e uma aliança com o PDT que foi estabelecida independente da formação da chapa.”