Defesa vai recorrer para julgamento em segunda instância
O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte, foi condenado a 4 anos e 6 meses pelo crime de lavagem de dinheiro relacionado a compra de imóvel no Residencial Damha. No processo, o juiz desconsiderou outros imóveis relacionados na denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
A sentença foi dada no dia 23 de novembro, pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, e publicada na edição de hoje do Diário Oficial da Justiça.
O juiz considerou que havia elementos suficientes para a condenação: a compra de terreno no Residencial Damha 2, em maio de 2014, no valor de R$ 250 mil e, posteriormente, o início da construção de casa no local, em projeto orçado em R$ 1,3 milhão.
Entramos em contato com a defesa do principal réu. O advogado Karlen Obeid, que assumiu a defesa de Gilmar Olarte e disse que irá recorrer da decisão diretamente à segunda instância.
”Foi um sentença muito bem elaborada, o juiz dividiu em 11 fatos e o Gilmar foi absolvido de 10 deles. Na própria palavra do magistrado, restando dúvidas quanto à própria origem do caso.” diz a defesa.
Segundo ele ”O ministro se refere a questão da suposta intenção de compra do imóvel, cuja intenção não significa compra. Com certeza iremos recorrer, não vamos entrar com embargos de declaração ao juiz (recurso usado para sanar dúvidas) porque, pelo parecer do escritório, ela foi muito bem prolatada.”
”Vamos recorrer porque a defesa conseguiu esclarecer que não houve nenhum crime de lavagem e nenhum crime de ocultação. Nós trouxemos provas periciais que comprovam toda a origem de todos os bens colocados pelo MPMS.” completa.
Além disso, Andreia Olarte também foi condenada pelo mesmo crime, sendo sentenciada a 4 anos e 3 meses, em regime semiaberto. Outros dois réus também foram condenados no mesmo processo: o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida, e Evandro Simões Farinelli, ambos por 3 anos e 6 meses de reclusão e pagamento de 15 dias-multa, em regime aberto.
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