Aumento de filiados e estruturação de diretórios é priorizada em relação ao “jogo político de convites”
Em Mato Grosso do Sul, em 2020, quando Jair Bolsonaro era presidente, das 1500 candidaturas a vereador ou prefeito, pelo menos 30% se apresentavam como sendo de “anti-esquerda”. Se quatro anos depois, a quantidade de pessoas concorrendo nas eleições deva ser menor, o percentual de pré-candidatos conservadores, certamente sinaliza para um crescimento significativo, com o surgimento de alternativas como o PL-MS estruturado nas 79 cidades do Estado e com possibilidade de nomes na disputa em todas. Estrutura que cumpre a missão dada pelo próprio líder maior da Direita no Brasil.
“Convidamos nos últimos meses, várias figuras de destaque da direita do Estado, algumas delas, inclusive não quiseram fazer parte do projeto do PL, justamente por serem avisados que o partido não terá muitos recursos. Nossa aposta é de uma campanha e pré-campanha ideológicas, como foi para o Bolsonaro e também na eleição do Marcos Pollon para deputado. Aqueles que aceitaram o desafio estão conosco”, explica o Secretário-Geral do Partido Liberal de Mato Grosso do Sul, o advogado Felipe Di Benedetto.
Apesar da condição privilegiada de ser a sigla de Jair Bolsonaro, nem se quisesse, o PL-MS poderia abrigar todas as candidaturas com algum viés de direita em Mato Grosso do Sul. Isso porque, a quantidade de vagas que devem ser abertas nas convenções podem variar entre 100 a 200 candidaturas oficiais, a depender da estratégia definida em cada Executiva Municipal. Sem aliança, o que deve ocorrer na maioria dos casos, a chapa terá atingir no máximo a quantidade de vereadores da cidade, acrescentado de um: em Campo Grande, por exemplo, o 29+1, totalizando 30.
*Estilo Bolsonaro do PL afastou interessados*
“No PL-MS vamos dar todo o suporte emocional, técnico, e posso garantir que será sangue, suor e lágrimas, além de muita sola do sapato. Até a sexta-feira, de 5 de abril, quem quisesse se filiar, bastava acessar o site e depois nos procurar para falar do seu projeto. Não barramos ninguém, e garanto que muitos até desistiram de nos procurar por saber que o partido não liberaria dinheiro na pré-campanha e muito menos terá aportes milionários nas eleições do nosso Estado”, relata o deputado federal Marcos Pollon, presidente regional do PL, que recebeu pessoalmente a tarefa de Jair Bolsonaro quanto a linha de construção do partido nesta área do Brasil.
Duzentos com tratamento igual
Filosofia de crescimento que já apresenta um formato e resultados, a partir de 86 viagens em 43 semanas feitas pela equipe do parlamentar, que precisou ir além dos desafios do mandato. Esforço que elevou em 600% o quadro de filiações e já encoraja mais de 200 sul-mato-grossenses a disputar algum cargo político pelo PL-MS. Números positivos, mas com o preço de representarem uma ameaça a bolsonaristas que estiverem em algum outro partido, em siglas que às vezes defendem até doutrinas contraditórias à política conservadora.
Por Danilo Galvão/Assessoria
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