O Governo Federal publicou hoje (28) no DOU (Diário Oficial da União), a exoneração de Milton Ribeiro, como ministro do MEC (Ministério da Educação). Na semana passada, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o ministro.
A investigação foi aberta após a publicação de matérias na imprensa sobre suposto favorecimento na liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), órgão ligado ao Ministério da Educação.
Na segunda-feira (21), uma reportagem divulgou um áudio em que Milton Ribeiro, diz favorecer prefeituras de municípios ligados a dois pastores. Em outro inquérito, a PF também investiga as supostas irregularidades. A polícia recebeu na semana passada um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo o órgão, os fatos são investigados desde o ano passado, antes da divulgação da gravação.
Resposta à imprensa
Após a divulgação do caso, em nota divulgada à imprensa, o então ministro Milton Ribeiro disse não haver nenhum tipo de favorecimento na distribuição de verbas da pasta. Segundo Ribeiro, a alocação de recursos federais segue a legislação orçamentária. “Não há nenhuma possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”, disse.
Troca constante de ministros
Milton Ribeiro foi o quarto nome escolhido para chefiar o MEC durante o governo Bolsonaro. O primeiro ministro da Educação escolhido por Bolsonaro foi Ricardo Vélez Rodríguez, que deixou o cargo responsabilizado por uma administração marcada por polêmicas.
No lugar de Velez, Bolsonaro colocou Abraham Weintraub, que ficou conhecido como uma das figuras mais beligerantes do governo.
Antes de escolher Milton Ribeiro, Bolsonaro nomeou Carlos Alberto Decotelli para o comando do Ministério da Educação. Mas este sequer conseguiu assumir em razão do constrangimento gerado por um conjunto de informações falsas em seu currículo reveladas pela imprensa.
Com informações da Agência Brasil