Haddad afirma que empréstimo com aval do Tesouro permitirá reestruturação dos Correios

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa quinta-feira (18) que o empréstimo a ser contratado pelos Correios, com garantia do Tesouro Nacional, será utilizado como instrumento para a reestruturação da estatal, incluindo a possibilidade de parcerias com o setor privado. Segundo o ministro, a operação não tem como objetivo postergar dificuldades financeiras, mas criar condições para solucionar os problemas enfrentados pela empresa.

Os Correios acumulam um déficit histórico e devem fechar com um consórcio de bancos um empréstimo estimado em cerca de R$ 12 bilhões, com juros de 115% do CDI, conforme aprovação do Conselho de Administração da estatal. O aval do Tesouro ao crédito deve ser concedido até esta sexta-feira (19).

“É um empréstimo para os Correios se reestruturarem. Não é empréstimo para adiar o problema, é para resolver o problema”, declarou Haddad a jornalistas. Segundo ele, o aporte dará fôlego financeiro para que a empresa busque as parcerias consideradas necessárias para sua sustentabilidade. “Esse fôlego é para buscar as parcerias necessárias. Eu acredito que uma parceria vai ser necessária”, completou.

De acordo com o ministro, a Caixa Econômica Federal avalia a possibilidade de firmar uma parceria com a empresa postal. Haddad destacou que a ampla capilaridade dos Correios pode ser estratégica para a oferta de produtos da Caixa em todo o país. “A capilaridade dos Correios interessa aos produtos que a Caixa oferece. Não está nada firme, mas tem muita gente fazendo conta”, afirmou.

O ministro também ressaltou que, em grande parte do mundo, o serviço postal permanece sob controle estatal para garantir a universalização do atendimento, já que o envio de cartas, por si só, não é financeiramente sustentável. Nesse contexto, Haddad avaliou que, após a reestruturação, os Correios devem explorar diferentes alternativas para equilibrar as contas. “Eu acredito que os Correios vão, depois dessa reestruturação, explorar vários caminhos, dentre os quais a possibilidade de parcerias com empresas públicas ou privadas”, concluiu.

 

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