Deputados governistas foram às redes sociais reclamar da aprovação na Câmara na segunda-feira (13) do projeto que estabelece socorro aos Estados e municípios. Chamado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) de “bomba fiscal”, o texto deve custar R$ 89,6 bilhões nas contas da União, segundo a própria Câmara.
O deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Casa, afirmou que a divisão dos recursos no texto aprovado não ficou “justa” e reforça “desigualdades regionais”.
O congressista também argumentou que a medida isenta o compromisso de governadores com os empregos da população, citando nominalmente os mandatários de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), e do Rio, Wilson Witzel (PSC-RJ).
Segundo Vitor Hugo, com a arrecadação estadual “garantida pela União”, os governadores podem apertar medidas que impactam a economia – o que, de acordo com o deputado, inclui a “prisão de pessoas”.
Outros deputados aliados ao governo ou simpatizantes da agenda liberal de Paulo Guedes também criticaram a aprovação do texto. A deputada Dayane Pimentel (PSL-BA) diz que Estados e municípios precisam de mais ajuda, mas o “Plano Mansueto ainda não estava adequado”. Marcel van Hattem (Novo-RS) defende que “os critérios precisam ser melhores”.
Para o deputado Daniel Coelho (PPS-PE), o projeto “beneficia gestores públicos que não tratam o dinheiro do contribuinte com o devido zelo”.
Outros deputados comemoraram a aprovação do texto. Segundo o congressista Augusto Coutinho (Solidariedade-PE), a Câmara estaria “cumprindo sua missão”.
(Texto: Poder 360)