Filiação de Reinaldo ao PL mira articulação de nova frente conservadora no MS

Reinaldo Azambuja quer
priorizar a reeleição
de Eduardo Riedel ao
governo do Estado - Foto: Reprodução
Reinaldo Azambuja quer priorizar a reeleição de Eduardo Riedel ao governo do Estado - Foto: Reprodução

Alinhado à direita, ex-governador assume papel central na reorganização do partidos

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, de saída do PSDB após três décadas e com filiação ao PL para o próximo domingo (21), inicia de um novo ciclo político, motivado por maior alinhamento com a direita nacional. Azambuja assume a presidência estadual do Partido Liberal com a missão de organizá-lo e formar um palanque de centro-direita forte para as eleições de 2026.

A prioridade, segundo ele, são duas, apoiar a reeleição do atual governador Eduardo Riedel (PSDB), descartando qualquer possibilidade de candidatura própria ao governo pelo PL e impedir a reeleição do presidente Lula (PT). “Eu nunca iria para o PL para fazer enfrentamento com o Riedel. Nosso compromisso é com a reeleição dele. Vamos unir forças com partidos como PP, União Brasil, PSD e Republicanos para montar um palanque forte e enfrentar o verdadeiro adversário: o PT e o projeto de um quarto mandato do presidente Lula”, declarou em resposta ao questionamento sobre conversa com o deputado federal Marcos Pollon (PL) que adiantou a pretensão ao Governo.

Azambuja confirmou que conversou com o parlamentar. “Falei para ele que seria importante continuar no PL, mas deixei claro que o partido já tem um compromisso com a reeleição do Riedel, mas se ele entender que deva ficar, tem outros cargos no qual, com certeza, ele pode concorrer. Temos duas vagas para o Senado e condição de montar uma chapa forte. Ele ficou de avaliar, e entendo que até abril do ano que vem, data de mudança de partido, muita coisa pode acontecer”.

Questionado sobre o que motivou a mudança de partido após 30 anos, Reinaldo falou sobre consolidação de um bloco conservador unido. “O PSDB se dividiu muito, com alas que penderam para a esquerda. Entendi que era o momento de aceitar o desafio feito pelo presidente Bolsonaro e pelo Valdemar para ajudar a reorganizar o PL no nosso estado”, disse.

Com o novo cargo de presidente estadual do PL, Reinaldo Azambuja também é cotado como possível candidato ao Senado em 2026. Ele afirma, no entanto, que essa construção será coletiva. “Sou um homem de grupo. Se o partido entender que posso contribuir representando Mato Grosso do Sul no Senado, estarei à disposição. Mas o momento agora é de fortalecer a sigla e buscar unidade”, ponderou.

O evento deste domingo deve ser marcado por uma grande mobilização política no estado. “Eu estou entrando pela porta da frente, convidado pela maior liderança da direita no Brasil, que é o Bolsonaro. Então estou respaldado por lideranças que entendem que nosso grupo pode contribuir para fazer um PL mais forte no Mato Grosso do Sul”, concluiu Azambuja.

A filiação de Azambuja será acompanhada por um grande evento em Campo Grande, que contará com a presença de lideranças nacionais do PL, como o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o senador Rogério Marinho e o vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes. Também são esperados cerca de 50 prefeitos sul-mato-grossenses, alguns dos quais devem seguir o ex-governador e também se filiar ao PL.

 

Carol Chaves

 

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