Entre Linhas, com Gabriel Pollon
Filhos, mesmo que Eu ame a todos e a todo momento, tenho um Amor particular por aqueles que estão sofrendo. Os olho com um olhar muito mais terno e afetuoso que o de uma mãe. São eles que neste momento estão mais precisando. Voltai, pois, a Mim, os vossos olhos entristecidos.
Contai-Me qual é o vosso sofrimento, pequenos Meus, que já estais em Meu Coração e que, no entanto, vos sentis longe, tão longe… Não sofram sozinhos, pois isto me faria sofrer. Já sofro pelas vossas dores, sofro mais ainda quando não me chamais para vos curar, consolar, restaurar. Deixem-Me ser vosso Pai e me fareis felizes.
Procurai encontrar-Me a cada dia dentro de vós mesmos; e ali, de maneira muito pequenina, dai-Me as demonstrações de afeto, que darias a um pai ou a uma mãe muito queridos. Sereis bem felizes quando isto se vos tenha convertido num hábito; a vossa vida se fará muito doce. E Eu vos abençoarei, pois tereis finalmente respondido ao Meu chamado.
O chamado do que aguardava de pé diante da porta, perguntando-se, se os barulhos da casa, lá dentro, Me são favoráveis. Pensai que se “Eu Me mantenho de pé é porque sei que podem Me rejeitar. E não faltam os que se impacientam de que Eu esteja ali esperando, e claramente Me dizem: Nunca entrarás em minha casa: Como se Eu fosse um malfeitor, Eu, que morri por Amor a todos”… Mas quando alguém Me diz: “Entra”, e quando se
acrescenta: “Fique conosco”, o pobre Solitário, Que sou Eu, experimenta o que Ele mesmo tem dito “As delícias dos filhos dos homens”.
Isto não o sabeis vós, mas Deus o sabe e só mais tarde conhecereis o volume de delícias que tens dado ao vosso Salvador. E essas almas que continuamente conversam Comigo em seu interior, quanta alegria me dão! Filhos, vocês
não sabem o que é sentir, no meio da solidão em que outros Me abandonam, que uma alma Me considere como seu grande Amigo, o mais querido, o Predileto, o Único esperado.