“Sou um operário da política”. Esta foi uma das afirmações do ex-prefeito de Itaporã na década de 1980, Rivalmir Fonseca, retornando a Mato Grosso do Sul após ter permanecido atuando nos bastidores da política em Brasília onde assessorou o seu irmão o deputado federal Ronaldo Fonseca posteriormente o Izalci Lucas, parlamentares do Distrito Federal. Neste momento em que o cenário político do país e do Estado passa por fortes mudanças, ele acredita que pode contribuir e por isso tem conversado com algumas das principais lideranças do estado para que possa contribuir para o debate político.
“A política é muito importante, pois é através dela que podemos influenciar na vida das pessoas”, afirmou Rivalmir, que além de ter sido prefeito de Itaporã também comandou a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), sendo que foi justamente no seu mandato que foi construída a sede da entidade. Vale destacar que foi a partir da entidade que lideranças políticas conseguiram assumir posições de destaque na política estadual, como o ex-governador Reinaldo Azambuja e o atual deputado federal Beto Pereira (PSDB).
“Existe uma reacomodação política no país e que deve levar uma redução no número de partidos, mas essas fusões criam situações que necessitam de habilidade política, pois lideranças que estão nas siglas precisam ceder espaços para os que chegam e como mão são mais permitidas coligações, o espaço é bem reduzido”, comentou Rivalmir Fonseca. Mesmo transitando entre Campo Grande e Itaporã ele disse que não tem planos imediatos de buscar uma candidatura.
Quadro nacional
Acreditando que o quadro de polarização anda persiste, ele considera que hoje o PT enfrenta dificuldades e a direita precisa reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, pois não tem outro nome. “Não existem outros nomes fora de Bolsonaro e Lula, por isso o debate ainda deve alimentar a polarização, até porque não acredito que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas venha a abrir mão de uma reeleição tranquila para tentar concorrer à presidência da República, ele que seria o substituto natural de Bolsonaro”, concluiu Rivalmir.
Laureano Secundo