CPI da Energisa depende de decisão favorável para vistoriar relógios e fazer “justiça”
Após o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul adiar a conclusão do julgamento de mérito do mandado de segurança impetrado pela Energisa contra a CPI da Energisa (Comissão Parlamentar de Inquérito) em 2 de maio, o presidente da comissão, deputado estadual Felipe Orro (PSDB), comentou a respeito das expectativas em relação à investigação sobre as possíveis irregularidades cometidas pela empresa na cobrança de energia.
A nova data para a continuidade do julgamento foi marcada para quarta-feira (16), e o deputado acredita na vitória para finalmente liberar a perícia de 200 relógios medidores pelo laboratório de engenharia da USP de São Carlos. “Eu sou advogado e acredito na Justiça, e acredito que nós vamos conseguir vencer e fazer essa perícia. Por que a empresa Energisa não quer deixar fazer a perícia nos relógios, se não tem problema algum?”, alega Orro em entrevista ao jornal O Estado.
O julgamento, presidido pelo desembargador Sideni Soncini Pimentel, foi adiado após pedido de vista do processo pelo desembargador Sérgio Fernandes Martins. A concessionária move uma ação contra a CPI, alegando que o laboratório não tem a acreditação do Inmetro para aferição dos relógios medidores de energia. Para o parlamentar a empresa tenta impedir a realização da perícia.
Felipe Orro, que também é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor na Assembleia Legislativa, teve apoio da Mesa Diretora da Casa de Leis, que impetrou agravo de instrumento em maio de 2020, objetivando a derrubada da liminar que o Tribunal de Justiça concedeu à concessionária Energisa, o que atrasou os trabalhos de investigação da CPI. Mato Grosso do Sul tem uma das tarifas mais caras do país e houve aumento de 6,9% na conta de luz. Acesse a entrevista completa na versão online do jornal impresso O Estado MS.
(Texto: Ancrea Cruz)