Em evento pioneiro, Câmara discute o uso de cannabis medicinal

Foto: Kindel Media
Foto: Kindel Media

A Câmara de Vereadores de Campo Grande realizou na noite de ontem (27) a 1ª Audiência Pública “Cannabis Medicinal: Direito à Saúde em meio ao Proibicionismo”,  que colocou em debate o uso do medicamento no Brasil. O objetivo foi tirar dúvidas e atualizar informações sobre o uso da substância como forma de tratamento. A discussão levou dados e informações históricas sobre a pesquisa, tratamento e legislação.

Foi a primeira vez que Mato Grosso do Sul discutiu o assunto em uma Casa de Leis. O evento foi  organizado pela Associação Sul-Mato-Grossense de Pesquisa e Apoio à Cannabis Medicinal Divina Flor em parceria com o mandato da vereadora Camila Jara (PT). De autoria da vereadora Camila Jara (PT).

Foto: Divulgação/Câmara

Jéssica Albuquerque, da Associação Sul-mato-grossense de apoio e pesquisa à cannabis medicinal divina flor, diz que é importante a presença da população na Casa de Leis para trazer informação. “Ocupar esses espaços, trazer informação e mostrar para as pessoas que a cannabis é remédio é o nosso objetivo aqui”.

O psiquiatra Wilson Lessa disse que ainda é preciso correr atrás de informação de qualidade. “Não estamos aqui para mostrar que existe risco, porque de fato existe. Estamos para informar os benefícios e também os riscos, e também precisamos separar o uso medicinal do uso recreativo, que não é a pauta desta audiência. Existe um produto na farmácia hoje liberado no Brasil, mas ele custa quase R$ 2400, mas quem é beneficiado com isso? Isso não está na realidade das famílias”, argumenta.

Dra. Anana Chaves explicou que a cannabis é uma forma de tratamento que ainda não é considerada viável por muitos médicos. “Existem remédios prescritos que não ajudam tanto em alguns acasos, e mesmo assim são prescritos. Não estou demonizando esses remédios, eu também prescrevo, mas há situações em que é preciso olhar para tratamentos alternativos”.

Fabianne Rezek, mãe de um menino que precisou ser tratado com o óleo da cannabis comentou sobra as mudanças e benefícios que ele teve como paciente, ao final do relato a mulher foi enfática: “a cannabis é remédio sim, é barata e principalmente é eficaz”.

O evento foi transmitido pelos canais da Câmara no Facebook e no Youtube.

Com informações da Câmara Municipal de Campo Grande

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