O pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo MDB, André Puccinelli, deu uma entrevista exclusiva ao Jornal O Estado. O ex-governador falou acerca de articulações, assim como revelou o que espera das eleições e planos futuros.
O mês de julho se aproxima e marca o início das convenções, o MDB pode trazer ao seu lado em MS, os partidos que eventualmente formarão chapa com Simone Tebet à presidência?
Nós estamos com o Solidariedade. Quer dizer, o nível estadual não tem uma influência preponderante na esfera nacional. A influência da eleição presidencial não é tão preponderante no nosso estado de MS, como é em outros Estados. Nós temos o Solidariedade, é provável que tenhamos mais um, ou dois partidos. Já antecipamos que a convenção vai ser dia 5 de agosto.
Já podemos falar em vice? Ou só 5 de Agosto?
Não tem vice ainda estabelecido. Tem cinco nomes. O perfil que as pesquisas qualitativas, mostram que o ideal seria uma mulher empresária, a nível da região da Grande Dourados.
É uma possibilidade que seja de Dourados, então?
Não. A possibilidade é que seja de qualquer um dos municípios. O que o vice precisa ter é trabalhar em consonância com o titular, com os mesmos objetivos, com o mesmo dinamismo e com a mesma intensidade.
Sabendo dessa possibilidade da Simone ser candidata a presidente ainda, tem chance do partido não lançar nenhum nome para o Senado?
Não tem nada a ver né. As composições que fazem aleatoriamente. O TSE regulamentou, agora, que você não pode ter dois senadores em uma mesma chapa majoritária a governador, o que parece-me que inviabiliza Mandetta e Harfouche. Nós estamos preocupados com estaduais, federais e governadores.
Mas então um desses dois candidatos poderiam ser candidatos pelo MDB?
Depende deles, não tem problema.
Até que ponto a data 5 de agosto poderá mudar todo o atual quadro de disputa no Estado?
Se alguns candidatos ao governo desistirem, isso talvez possa ser modificado. Da nossa parte, estaremos lá.
Você acha que algum candidato pode desistir?
Especulações e boatos tem bastante, né? Contar, Rose… Eu não creio que nenhum deles desista.
Você ficou surpreendido com a renúncia do ex-prefeito Marquinhos Trad?
Não, ele já vinha falando, mas pelo menos dessa vez falou a verdade.
Uma das propostas de seu adversário é instituir o expediente de seis horas para o servidor estadual, como você enxerga essa proposta?
Isso daí depois que entrarmos no governo é que vamos definir as questões concernentes ao governo. Uma hora foi seis horas, outra hora foi oito horas. Nós definiremos após estarmos no governo.
Na sua visão, em um eventual segundo turno, quem o senhor, se pudesse escolher, quem enfrentaria?
Não tenho preferência, são adversários. Nenhum deles é inimigo. A gente tem que preparar o seu time para enfrentar, quem quer que venha.
Como está a formação da chapa para estadual e federal?
Nós já estamos com a chapa completa de pré-candidatos a federal com nove nomes postados. E nós já temos a chapa formada para pré-candidatos a estadual com 25 nomes. Além disso, o Solidariedade, que é um partido que se unirá conosco, também já temos nove pré-federais e os 25 pré-estaduais.
Cenário
Cada vez mais acirrada, e com indícios de segundo turno, a última pesquisa eleitoral divulgada pelo Instituto Ranking Brasil, apontou que se as eleições fossem hoje, um segundo turno aconteceria entre André Puccinelli (MDB) e Marquinhos Trad (PSD).
Em um primeiro cenário, a pesquisa espontânea aponta que André Puccinelli tem 15,50% das citações, e está em empate técnico Trad com 15,10%; na sequencia estão empatados tecnicamente a deputada federal Rose Modesto (União Brasil) com 10,80% e o ex-secretário de governo do estado, Eduardo Riedel (PSDB) que pontuou 10,40%. Depois aparecem, pela ordem, o deputado estadual Capitão Contar (PRTB) com 4,50%, Giselle Marques (PT) pontuou 0,80%. Outros candidatos somaram 0,70%. Brancos, nulos, indecisos, não sabem e que não responderam somam 42,20%.
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