As destinações foram divididas em mais de 80 propostas, sendo que a Saúde foi a área mais priorizada
Mais um ano termina e os deputados federais eleitos por Mato Grosso do Sul garantiram R$ 264 milhões em emendas parlamentares individuais para o estado em 2025. Das 86 propostas, a maioria voltada às áreas de saúde, encargos especiais e assistência social. Os dados foram retirados do Portal da Transparência em 29 de dezembro mostram quem foram os parlamentares que mais direcionaram recursos e quais áreas foram prioritárias.
Dagoberto Nogueira PSDB) foi o deputado que destinou a maior soma individual, com R$ 40,8 milhões investidos por meio de 15 emendas. O parlamentar priorizou a saúde e a defesa nacional em suas propostas. A emenda de maior valor único do ano também foi dele, que destinou R$ 14,2 milhões para a atenção básica à saúde.
Dagoberto Nogueira (PSDB), que lidera o ranking, comenta que a Educação é uma de suas prioridades. “Educação não é gasto, é investimento. É na escola que a gente começa a mudar o futuro do nosso estado. Enquanto alguns fazem discurso, nós garantimos recurso para que as prefeituras consigam investir onde realmente importa”.
Em valores, Beto Pereira (PSDB) soma R$ 37,5 milhões em 11 emendas, sendo o segundo colocado em montande de destinações, com uma proposta de R$ 10,4 milhões para a Saúde. Luiz Ovando (PL) tem na sua conta de valor empenhado, R$ 37 milhões para 15 emendas, sendo R$ 10,3 milhões em atenção primária à Saúde
Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira (ambos do PL) encaminharam cerca de R$ 36,4 milhões, com pouca diferença, Pollon destinou em destaque R$ 12,5 na área de Encargos Especiais e R$ 12,3 milhões para Saúde. Já Rodolfo direcionou R$ 10 milhões para os encargos e R$ 9 milhões para atenção primária à Saúde.
Em número de propostas, Vander Loubet (PT) foi o representante que mais criou emendas, com 16. Ao todo, R$ 32 milhões foram investidos, com a principal emenda na área da Saúde, destinando R$ 13 milhões.
Camila Jara (PT) também conta com 15 emendas. A petista destinou R$ 33,8 milhões, com a maior de R$ 11,5 milhões para assistência hospitalar. Já o tucano Geraldo Resende (PSDB), destinou R$ 24,7 milhões. Somando suas duas propostas mais caras, foram R$ 23,2 milhões para a área da Saúde.
Na análise por legendas, o PSDB foi o partido com o maior volume total de recursos, somando R$ 102,4 milhões entre seus três deputados. O PL, com dois representantes, direcionou R$ 72,9 milhões. O PT distribuiu R$ 66 milhões. O PP, por ter apenas um deputado sul-mato-grossense na Câmara, ficou com R$ 37,2 milhões de Luiz Ovando.
A distribuição dos R$ 264 milhões revela as prioridades definidas pelos parlamentares. A Saúde é, de longe, a área mais beneficiada, recebendo R$ 151,6 milhões (57,4% do total) divididos em 36 emendas diferentes. Em segundo lugar, aparecem os Encargos Especiais, que captaram R$ 81,2 milhões. Esta categoria envolve transferências de recursos para os cofres estaduais ou municipais, que posteriormente definem a aplicação final.
Completam o top 5 de áreas a Assistência Social, com R$ 10,4 milhões; Educação, com R$ 9,67 milhões; e Segurança Pública, R$ 5,84 milhões. A área que menos recebeu investimentos foi Gestão Ambiental, com apenas uma emenda de R$ 229 mil, e Agricultura teve duas propostas, somando R$ 1,2 milhão.
A execução
Esse recurso, mesmo já garantido, ainda não saiu do papel. Do total dos R$ 263 milhões empenhados, nem todo o valor foi devidamente liberado. Os números mostram que o valor que já foi liquidado (ou seja, a parte que já foi executada, mas ainda não foi paga) é de R$ 177,8 milhões e o que já foi devidamente pago é R$ 163,6 milhões.
Ou seja, cerca de R$ 100,1 milhões, que representa 37,5% da verba, ainda não chegou nas mãos das prefeituras e governadoria, nem de outras instituições que foram contempladas. Os parlamentares que já atingiram 100% de valor pago foram os bolsonaristas Mascos Pollon e Rodolfo Nogueira. Beto Pereira está em terceiro, com 78% do dinheiro já destinado.
Os representantes que ainda não saldaram suas emendas são Geraldo Resende (PSDB) e Camila Jara (PT), com 21% e 37% respectivamente. A taxa inferior indica que a execução dos projetos podem estar em estágios mais iniciais de implementação.
Por Lucas Artur e Brunna Paula
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