A PGR (Procuradoria Geral da República) publicou nota neste domingo (28.jun.2020) negando que a saída dos procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria Geral prejudicará investigações.
Os procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Macedo Vargas, Maria Clara Noleto e Victor Riccely Lins Santos deixaram o grupo depois de uma visita da chefe do núcleo à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Lindôra Araújo.
Lindôra Araújo é próxima do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ela teria feito uma “busca informal” para obter “informações, procedimentos e bases de dados da força-tarefa em diligência efetuada sem prestar informações sobre a existência de 1 procedimento instaurado, formalização ou escopo definido”, segundo procuradores do Paraná. Eles afirmam ter visto o ato com “estranhamento”.
Em nota, Lindôra Araújo disse que a visita foi agendada há cerca de 1 mês com o coordenador da força-tarefa no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol. Disse que pediu acesso a informações para “solucionar eventuais passivos”. A visita foi na 4ª e na 5º feira (24 e 25.jun.2020).
“Com a redução natural dos trabalhos no grupo da Lava Jato, decorrente de fatores como a restrição do foro por prerrogativa de função determinada pelo STF, a demanda existente continuará a ser atendida por assessores e membros auxiliares remanescentes, sem qualquer prejuízo para as investigações”, escreveu a PGR.
A Procuradoria Geral reforçou que tem autoridade sobre a operação, e aponta risco de aparelhamento caso haja atuação autônoma.
(Texto:Ana Beatriz Rodrigues com informações do Poder 360)