Direita mantêm silêncio sobre 7 de setembro; esquerda vai definir

Fotos: Valetin Manieri/ Arquivo O Estado MS
Fotos: Valetin Manieri/ Arquivo O Estado MS

Manifestações no Dia da Independência estão sem previsão 

Enquanto a data da Independência do Brasil, em 7 de setembro, se aproxima, a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, vive um momento de incerteza quanto à realização de manifestações por grupos de direita, que, nos anos anteriores, marcaram presença nas ruas da cidade. 

Diferentemente dos anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando atos e manifestações de grupos de apoio ao seu governo eram recorrentes, a cidade enfrenta agora um cenário de silêncio, por parte desses movimentos. 

O jornal O Estado realizou algumas consultas a diversas lideranças desses grupos, buscando informações sobre possíveis manifestações programadas para o feriado de 7 de setembro, Dia da Independência. No entanto, até o momento, não houve confirmação oficial por parte de nenhum deles.

Um empresário, que preferiu manter sua identidade em sigilo, mencionou que há conversas entre pequenos grupos de bolsonaristas, discutindo a possibilidade de se reunirem na Praça do Rádio, localizada no Centro da cidade. No entanto, ele não forneceu informações de contato dessas pessoas, tornando a organização do evento incerta.

Outro líder de um movimento pró-Bolsonaro, porém em Aquidauana, cidade a 78 km de Campo Grande, que também optou por não divulgar sua identificação, afirmou categoricamente que “não há nada programado neste sentido”, para o Dia da Independência, em Campo Grande. Ano passado, ele esteve à frente de carreatas no município e chegou a organizar ônibus para manifestações fora da cidade.

Questionado sobre a possível organização de um evento pelo grupo político, o suplente ao Senado, Aparecido Andrade Portela, conhecido como Tenente Portela, declarou que, até o momento, não havia nada organizado por parte dos movimentos de direita que tem conhecimento. Ele, que foi nomeado coordenador da Defesa Civil da Capital, enfatizou seu compromisso com o órgão e que somente em hipótese de evento e intercorrência poderia participar, para prestar apoio ao Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O ex-deputado Capitão Contar, que organizou, por diversas vezes, motociatas em Campo Grande, foi questionado via assessoria se estava à frente de alguma situação, mas, até o fechamento da edição, não deu retorno. 

Em 2022, o Dia da Independência, em Campo Grande, teve manifestações de grupos da direita e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, durante todo o dia. Foram feitas passeatas, motociata, manifestos com carros de som e ao final, a Marcha para Jesus que, ocorre tradicionalmente em 26 de agosto, teve a data trocada [naquele ano] e foi realizada com shows, na Praça do Rádio, em meio a pronunciamentos de políticos e candidatos às eleições. Na ocasião, a avenida Afonso Pena ficou com grande trecho paralisado e intransitável.  

Esquerda

Enquanto isso, os movimentos sociais da CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e o Grupo dos Excluídos de Campo Grande, que historicamente têm suas manifestações no Dia da Independência, devem se reunir na próxima segunda-feira (4), para discutir e organizar a programação especial para o feriado. “Vamos nos reunir ainda, para fazer essas definições”, disse o líder da CUT-MS, Vilson Gregório.

A incerteza sobre a realização de manifestações de grupos de direita, em Campo Grande, no Dia da Independência deste ano, contrapõe os anos anteriores, quando esses eventos eram marcados por grandes carreatas e manifestações que mobilizavam a cidade. O jornal O Estado seguirá acompanhando os desenvolvimentos e atualizando os leitores, conforme novas informações surgirem.

 

Segurança Pública

Em contato com assessoria de comunicação da Polícia Militar de MS, foi informado que, até o momento, não há avisos sobre manifestações, no centro. Sendo assim, ainda não há orientações sobre efetivo a ser disposto.

 

Por Rayani Santa Cruz– Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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