Em decisão unânime na manhã de ontem (16), Delei Pinheiro (PSD) teve seus votos deferidos pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), confirmando o julgamento de segunda-feira (14). Assim, o partido do prefeito Marquinhos Trad aumenta ainda mais sua bancada na Câmara Municipal de Campo Grande, indo de cinco para seis eleitos. Delei teve 3.850 votos e derruba a vereadora reeleita por último entre os 29, Dharleng Campos (MDB), com 1.782. Aliás, o candidato de Trad teve maior votação que todos os emedebistas que venceram as eleições: dr. Jamal Salem teve 3.369 e dr. Loester Nunes 2.861. Agora, apenas Camila Jara (PT) representa as mulheres, mas à decisão cabem recursos que serão usados.
A vereadora Dharleng Campos espera conseguir continuar com sua reeleição e fez uma nota esclarecendo a situação. “Respeitamos a decisão do egrégio Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, entretanto a nossa busca por justiça continua! Fui reeleita pela vontade de Deus e pela confiança da população campo-grandense! Como cidadã cumpri todos os requisitos estabelecidos pela legislação eleitoral, e desde o início nossa candidatura foi considerada apta. Votei e pude ser votada!”, pontuou. Para a vereadora não pairam sobre o mandato dela quaisquer resquícios de corrupção, ilegalidade ou imoralidade.
“Fui reeleita honestamente, com meu nome nas urnas, e junto com meu número o depósito de confiança das pessoas no meu trabalho. Continuo acreditando na Justiça, e com fé em Deus que tudo isso logo será resolvido. Este foi só um obstáculo, sigo com legitimidade e a partir de agora na corte do Tribunal Superior Eleitoral”, revelou. O presidente municipal do MDB, Ulysses Rocha, disse que vai recorrer da decisão.
A vereadora mais jovem da Casa de Leis, Camila, acompanhou a decisão do TRE e lamentou. “É muito complicado o TRE validar os votos dele porque dentro da nossa chapa tivemos candidatos a vereador que foram impedidos de concorrer por esse mesmo motivo. Mas a Justiça está aí, as instâncias para que as pessoas possam recorrer estão colocadas e vamos esperar o resultado das instâncias finais”, apontou.
ela a representante feminina na Câmara. “Agora, ser a única mulher na Câmara se torna um desafio maior ainda e a gente precisa entender que não é motivo de orgulho ser a única mulher eleita na Câmara Municipal, é um problema. Enquanto a gente não entender que é um problema institucional e criar mecanismos institucionais para que a gente aumente a representatividade feminina nos espaços de poder, vamos continuar tendo esta sub representação, ignorando a voz de metade da população brasileira. Assim, não temos como aumentar a credibilidade nas instituições se as pessoas não se veem parte delas. Então, temos que a partir daí pensar soluções para estes problemas”, analisou.
(Texto: Rafael Belo)
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