Cúpula da CPI quer investigação inicial com Mandetta e Teich

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Reprodução/PR

Estratégia tem sido discutida por Omar Aziz, indicado para presidente

A cúpula da CPI da COVID quer traçar uma linha do tempo e iniciar os trabalhos esquadrinhando as razões que levaram à queda dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

O objetivo é entender, por exemplo, se houve e como se deu a pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que o governo defendesse, no tratamento contra a COVID19, o uso da hidroxicloroquina – medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.

A estratégia tem sido discutida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), indicado como presidente da comissão, com Renan Calheiros (MDB-AL), que deve ser o relator. Ambos são os responsáveis por direcionar os trabalhos da CPI e preparar seu plano de trabalho, incluindo a pauta de votações dos requerimentos apresentados pelos demais integrantes e agendamento de depoimentos.

Parlamentares já conversam nos bastidores sobre as primeiras ações do colegiado. O senador Omar Aziz, que deverá ser eleito presidente da CPI da COVID, defende que os primeiros convocados a falar na comissão sejam os três ex-ministros da Saúde do governo Jair Bolsonaro: Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), Nelson Teich e Eduardo Pazuello.

“Quem estava à frente eram os ex-ministros. É preciso chamá-los para entender a sequência de fatos”, afirmou Aziz. O provável relator da CPI, Renan Calheiros, também quer chamar primeiro os ex-titulares da Saúde. Depois, quer que prestem depoimentos representantes de fabricantes de vacina.

As oitivas do trio podem servir para municiar uma linha de investigação de membros da oposição e dos independentes. Esse grupo quer, logo nas primeiras semanas, tentar comprovar que o Planalto agiu de maneira deliberada em busca da denominada “imunidade de rebanho”, na contramão da orientação de
especialistas na área.

A ideia dos parlamentares críticos ao governo é mapear logo no começo as ações do Executivo na aquisição de remédios para tratamento precoce, como a hidroxicloroquina, para verificar quanto de dinheiro público foi usado na compra de medicamentos sem eficácia comprovada.

As prioridades deles nas sessões iniciais da comissão devem ser as convocações do general Eduardo Pazuello, que era responsável pelo Ministério da Saúde, Ernesto Araújo, que chefiava a pasta das Relações Exteriores, e Fernando Azevedo, que comandou a Defesa.

Senadores ainda discutem a convocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A compra de vacinas também está na mira desse começo de trabalho da comissão.

(Com informações da Folhapress)

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