Após mais um fim de semana com rumores sobre uma possível morte do ditador norte-coreano Kim Jong-un, a Coreia do Sul informou que o líder do país vizinho está “vivo e bem” nesta segunda-feira (27).
Segundo o porta-voz da Presidência em Seul, Moon Chung-in, a “posição do nosso governo continua firme” na informação de que nada mudou no poder em Pyongyang. Poucas horas depois, a mesma fala foi adotada pelo porta-voz do Ministério da Unificação, Cho Hey-sil, que é o responsável por repassar as notícias sobre as negociações com os vizinhos do Norte.
“Não temos nada para confirmar no mérito das especulações sobre a saúde do líder Kim Jong-un. De toda maneira, a nossa linha é de que não há atualmente uma atividade incomum na Coreia do Norte, como disse o Conselho de Segurança Nacional, e é ainda válido nesse momento”, ressaltou Cho Hey-sil.
A mesma postura foi adotada pelo governo da China, o principal aliado do regime norte-coreano em termos econômicos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Geng Shuang, respondeu a um jornalista que o questionou sobre as informações da mídia norte-americana sobre o estado de saúde do ditador.
“Não temos nenhuma informação para dar”, se limitou a dizer o representante. Sobre a equipe médica enviada pela China ao país, o que levantou suspeitas de que os chineses foram auxiliar no suposto tratamento de Kim, Shuang informou que os profissionais foram enviados, juntamente com testes, para o combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2) “em caso de uma necessidade futura”. O governo de Pyongyang, no entanto, diz que a Coreia do Norte não tem nenhum caso da doença.
Especulações
Há cerca de duas semanas, a mídia norte-americana relatou, citando fontes da Inteligência de Washington, que Kim Jong-un estaria entre a vida e a morte após passar por uma cirurgia no dia 12 de abril. Alguns portais, inclusive, chegaram a noticiar uma possível morte do ditador.
Os rumores aumentaram depois que o chefe do governo do país não participou, pela primeira vez, das celebrações pelo nascimento de seu avô Kim II-Sung no dia 15 de abril e também não fez mais nenhuma aparição pública.
No entanto, nesta segunda-feira, o jornal “Rodong Sinmun” e a TV estatal “KCTV” veicularam uma notícia de que o ditador agradecia aos trabalhadores que construíram o complexo turístico de Wonsan-Kalma, um resort de luxo indicado como a provável localização do líder.
(Texto: Terra)