Confira a coluna “Segredos de Estado” por Laureano Secundo

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

As nuvens da política

O ano começou com a certeza entre todos os segmentos da política estadual de que estar com o Bolsonaro apoiando seria um caminho seguro e certo para obter a vitória na disputa eleitoral de 2026. Na virada do primeiro para o segundo semestre, já surgem desconfianças de que pode ser bem assim ou que pelo menos existem possibilidades de composições tanto à esquerda quanto à direita que podem jogar algumas pedras no caminho de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel.

Aqui, ali e acolá surgem declarações que sinalizam que a grande aliança para unção do atual governador vai tornando-se um sonho que sem distância da realidade. Nem mesmo dentro do PSDB há unidade de pensamento. A direita e o PT não terão que se unir nem concubinato, e muito menos em casamento oficial, e se estiver com um terá o outro como adversário. Aliados que pareciam ter um comando começam a correr o risco de se dividir por terem que cumprir determinação das direções nacionais.

Economia

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, já profetizou que o segundo semestre será de duros embates por conta do clima eleitoral e também das questões da economia.

Morenão

A mobilização pela recuperação do Morenão pode não surtir o resultado esperado, uma vez que as dificuldades econômicas que estão no horizonte do Governo Estadual não devem proporcionar investimento num futebol que tem mais gente dentro do campo que nas arquibancadas.

Insustentável

A permanência de Eduardo Rocha no Governo parece se complicar a cada entrevista da sua esposa, a ministra Simone Tebet. A possível vinda de Lula ao estado, que pode ter Simone como uma das protagonistas, deve azedar ainda mais a situação de Eduardo Rocha.

Cobrança

Bolsonaristas começam a cobrar posicionamentos de Reinaldo Azambuja em relação a Eduardo Bolsonaro e à tornozeleira do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como já age como dono do PL em MS, tem cobrança por posturas que se enquadrem na cartilha bolsonarista.

Mais espaço

O PP já dá sinais de que deve começar a cobrar mais espaço no Governo de Eduardo Riedel e mira posições que hoje estão sendo ocupadas por políticos alinhados com o Governo Lula.

Antecipação

Está em fase de amadurecimento a proposta de negociar com dirigentes do setor produtivo a possibilidade de antecipação de tributos para poder salvar o combalido cofre do Governo. A missão pode provocar abalos sísmicos na relação, que até agora foi muito boa pelo menos nas manchetes dos órgãos de imprensa.

Meninos eu vi

Nas eleições de 1974 e 1976, o MDB obteve grande crescimento, o que alarmou os militares da linha dura que temiam por perder o controle do Congresso até mesmo para as eleições indiretas. Dessa forma, o Pacote de Abril estabeleceu o adiamento das eleições indiretas para governadores para 1982, e determinou que 1/3 dos senadores seriam indicados pelo Presidente da República e eleitos pelo voto indireto. Aqui no estado, o candidato seria Italívio Coelho, que tinha assumido a vaga com a morte de Felinto Muller, mas uma briga entre ele e os demais membros da família Coelho reduziu a sua influência.

Na Arena, e disso, aproveitou-se o seu cunhado Rachid Saldanha Derzi para vencer a disputa pela indicação. Ao final da contagem dos votos, ele disse:
-De eleição direta ou indireta, e dessa família eu entendo.

Frase

“Tornozeleira em Bolsonaro torna negociação com os EUA mais complexa”
Senador Nelsinho Trado, (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal.

 

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