Eternas ondas
Para quem está empenhado na eleição de candidatos, sejam majoritários ou proporcionais, o período de campanha eleitoral é, como o verso da música do Zé Ramalho, que fez sucesso na voz do cearense Raimundo Fagner, uma eterna onda. De um momento para o outro o que parecia tranquilo muda, com uma denúncia, uma declaração infeliz, uma atitude inconsequente e impensada, seja do candidato ou até mesmo de um aliado, e a correria para consertar o estrago é grande.
Nesta semana, a última do primeiro turno, o clima de tensão aumenta ainda mais, pois o tempo para a reação diante de um fato adverso está cada vez mais reduzido. Uma certeza que cerca todas as campanhas é que a eleição é resolvida com o tsunami do dia do voto, que na eleição deste ano será no dia 6 de outubro. Até lá, ainda podem surgir algumas ondas que podem ser decisivas, ou não, para a definição dos eleitos, especialmente na eleição majoritária.
Jogando tudo
O Governador Eduardo Riedel entrou com tudo na campanha de Beto Pereira na reta final, deixando com Reinaldo Azambuja o interior do Estado. A divisão de tarefas deve-se à avaliação de ambos nas pesquisas, pois o atual estaria forte na Capital e o ex-governador é forte justamente no interior.
Eleições garantidas
Na avaliação da coordenação dos tucanos em Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Três Lagoas, os candidatos apoiados pelo PSDB já estariam com suas eleições garantidas. Marçal Filho (PSDB), Eduardo Campos (PSDB), Gabriel Oliveira (PSB) e Cassiano Maia (PSDB) já são considerados como futuros prefeitos.
Contas e mais contas
Os partidos estão refazendo as contas e o PSDB, que planejava eleger sete vereadores em Campo Grande, já reduziu as expectativas para cinco e o PP da prefeita Adriane Lopes, que chegou a falar em oito, agora considera uma bancada de quatro. Na outra via, alguns partidos pequenos que contam com um já estão dobrando ou triplicando a possibilidade de eleger vereadores.
Um olho no gato e outro no peixe
O vereador Professor Juari está tentando a reeleição, mas, na verdade, torce mesmo é pela eleição de Beto Pereira, pois a Câmara onde sonha iniciar o ano é a Federal. Com suplente, herdaria a vaga em caso do ex-prefeito de Terenos vir a se eleger prefeito da Capital.
Fogo em casa não ganha votos
As queimadas no Pantanal pouco influenciam no voto do eleitor em Mato Grosso do Sul. Essa constatação vem através das pesquisas e até mesmo nas campanhas eleitorais nos municípios mais afetados. Poucos candidatos têm em suas propostas combate às queimadas.
Fim da linha
Enquanto a campanha política chega à sua reta final, decisões importantes em Brasília aceleram o desfecho do afastamento definitivo dos conselheiros Waldir neves, Ronaldo Chadid e Iran Coelho das Neves. A expectativa é de que o trio não chega ao Natal e isso abre vagas na Corte.
Meninos eu vi
O então presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Campo Grande, o eloquente advogado Francisco Giordano Neto, tinha um vozeirão que o levou a ter inclusive programas de rádio ao longo de sua trajetória. Certa vez, o também vereador e radialista Edgar Lopes de Farias, que reivindicava o conserto do relógio na Câmara, solicitou um a parte e perguntou as horas para Giordano, que demonstrou irritação com a pergunta, ao que Edgar retrucou.
– Quando tem relógio na parede não precisamos de consultar os pulsos.
Frase
“Não podemos ficar focados somente na discussão territorial, pois não vai resolver a questão humanitária nas comunidades indígenas”
Governador Eduardo Riedel, (PSDB)
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