Confira a coluna: Segredos de Estado

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Efeito Pantanal 

Logo depois da divisão do Estado de Mato Grosso, que resultou na criação de Mato Grosso do Sul, a sociedade mobilizou-se contra a autorização para instalação de usinas de álcool que ofereciam o risco de poluir com vinhoto (subproduto da cana-de- -açúcar) as nascentes de rios da bacia do Paraguai, principal rio que banha o Pantanal. Na época, foi criado o Comitê de Defesa do Pantanal, que rapidamente foi tomado pela oposição do então governador Pedro Pedrossian que, mesmo tendo criado a primeira lei de defesa do meio ambiente do Estado, não foi suficiente para impedir a vitória de Wilson Martins, principal adversário de José Elias Moreira, candidato apoiado por Pedrossian.

Nas últimas semanas, a defesa do Pantanal voltou às manchetes com o governo federal entrando em rota de colisão com os produtores e, de imediato, o Governo do Estado já propõe discutir com a sociedade uma nova legislação. Mais uma vez, estão de um lado, ambientalistas de outros Estados, principalmente de um lado e proprietários da região no lado oposto e, provavelmente, o debate será dos mais acirrados e terá influência nos resultados eleitorais, tanto de 2024 quanto em 2026.

Zeca fora 

Tem gente apostando que o deputado Zeca do PT, ao desistir de sua pré-candidatura a prefeito de Campo Grande estaria, na verdade, esperando que o PT venha a procurá-lo e aí ele possa impor suas condições para permanecer na disputa. O problema é se isso não acontecer.

Força de Reinaldo 

Nessa semana, o presidente regional do PSDB deve anunciar a filiação de mais quatro prefeitos, o que deve assegurar ao partido dos tucanos uma maioria. Proporcionalmente, o PSDB de Mato Grosso do Sul é o maior no Brasil, com o governador, três deputados federais, seis deputados estaduais, 44 prefeitos, 15 vice-prefeitos e 243 vereadores.

Radical de direita 

Pastor Anderson e a Juliana Gaioso podem integrar a chapa mais radical de direita das eleições de 2024 na Capital. Por enquanto, a expectativa é que a dupla venha a disputar o pleito pelo DC (Democracia Cristã), o partido de José Maria Eymael.

PL em convulsão 

Por enquanto, a situação parece bem confusa no PL, com o partido recebendo indicações de caminhos por parte do ex- -presidente Jair Bolsonaro; tendo convites para indicar o vice da prefeita Adriane Lopes; lançando o deputado Marcos Pollon como pré-candidato e tendo João Henrique Catan também querendo ser candidato. 

Adiamento 

Quando tinha três nomes como pré-candidatos à Prefeitura de Capital, a direção-regional do PT chegou a estabelecer o mês de outubro para definir um nome. Agora que o deputado Zeca desistiu da candidatura e o partido tem Camila Jara e Giselle Marques, a ideia é adiar uma definição para o ano que vem. 

Simone de volta 

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, que chegou a pensar em transferir o título de eleitor para São Paulo, mas atualmente está cada vez mais inclinada a permanecer com o domicílio eleitoral em Mato Grosso do Sul e, dependendo dos resultados do governo Lula, ser um nome para concorrer ao Governo do Estado em 2026.

 Meninos, eu vi 

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Wilson Martins, costumava ter uma memória que surpreendia seus principais interlocutores, pois quando menos se esperava, ele lembrava de situações que envolviam pessoas que estavam sendo apresentadas. Numa dessas, ele foi colocado diante de um conhecido proprietário de produtora do Estado e, ao ouvir o nome do empresário, ele saiu com a seguinte frase: – O senhor é aquele que entra sem bater na porta.

Por – Laureano Secundo 

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