A senadora Soraya Thronicke de Mato Groso do Sul, lamentou os altos índices de feminicídio no Brasil e disse durante discurso na tribuna do Senado que o Legislativo tem a obrigação de buscar soluções urgentes para o combate a esse tipo de crime. A senadora pediu prioridade na votação de projetos de lei que garantam mais proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que a cada seis horas e meia uma mulher é morta no Brasil, colocando o país em quinto lugar no ranking mundial de crimes dessa natureza. Em Mato Grosso do Sul, estado da parlamentar, já foram registrados oito casos de feminicídio só em 2022.
O crime mais recente ocorreu nesta terça-feira (8), na cidade de Costa Rica onde Luana Alves Furtado, de 29 anos, foi morta a facadas e o principal suspeito é o namorado, que está foragido. “Como mulher isso dói profundamente na nossa alma. Me dói como mãe também, como ser humano. É difícil até expressar em palavras porque, neste momento, uma mulher pode estar sendo morta em nosso país de forma brutal apenas por ser mulher”, afirmou a parlamentar.
De acordo com Soraya Thronicke, o Parlamento brasileiro e a bancada feminina não se esquivarão de lutar por mais proteção às mulheres do país. A senadora pediu agilidade na aprovação dos projetos de lei de sua autoria voltados ao tema. O PL 2.450/2019, prevendo que tanto o advogado ou o policial poderão dar ciência ao agressor de medida protetiva de urgência, agilizando, assim, a comunicação da intimação.
Também o PL 1.813/2021, que estabelece a criação, pelo poder público, de curso de defesa pessoal para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Por último, a senadora citou o PL 1.928/2021, dispondo sobre a comercialização, aquisição, posse e porte de spray de pimenta e armas de eletrochoque para defesa pessoal, em todo território nacional.
“Ao saber desses números nós nos sentimos desprotegidas diante de tanta impunidade, mas, como parlamentar, representante das mulheres com muito orgulho, quero manifestar minha indignação e, principalmente, dizer que vocês todas não estão sozinhas. Nós, parlamentares, temos como obrigação fazer algo mais efetivo para proteger essas mulheres”, finalizou a senadora pelo Mato Grosso do Sul. (com assessoria)