O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi considerado apto para passar por cirurgia de remoção de hérnia inguinal bilateral, conforme boletim médico divulgado nessa quarta-feira (24) pelo Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento está programado para começar às 9h (horário de Brasília) desta quinta-feira (25), com duração prevista de aproximadamente quatro horas, sob anestesia geral.
De acordo com a equipe médica responsável, Bolsonaro passou por exames pré-operatórios, incluindo avaliações cardiológica e de risco cirúrgico, que indicaram condições clínicas adequadas para a realização da cirurgia. O boletim é o primeiro divulgado desde a internação do ex-mandatário, ocorrida na manhã desta quarta-feira.
Além da herniorrafia, os médicos informaram que a necessidade de um procedimento de bloqueio anestésico do nervo frênico, indicado para interromper crises recorrentes de soluço, será avaliada durante o período de internação. A decisão dependerá da evolução do pós-operatório e do estado clínico do paciente.
Procedimento para soluço pode ser adiado
Pouco antes da divulgação do boletim, o cirurgião geral Claudio Birolini explicou que a cirurgia de hérnia não tem efeito sobre as crises de soluço enfrentadas por Bolsonaro. Segundo ele, os dois procedimentos não serão realizados de forma simultânea. “Se levarmos adiante esse procedimento de bloqueio anestésico, ele deverá ser feito possivelmente no início da próxima semana”, afirmou aos jornalistas.
Esta será a oitava cirurgia de Jair Bolsonaro desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
Internação sob escolta e segurança reforçada
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF (Polícia Federal), em Brasília, após tentar violar a tornozeleira eletrônica. Ele foi transferido temporariamente para o Hospital DF Star na manhã desta quarta-feira, em um comboio policial que acessou a unidade pela garagem, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O STF decretou, em 25 de novembro, o trânsito em julgado da ação penal que apurou tentativa de golpe de Estado, condenando o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão. Moraes determinou que a pena seja cumprida no mesmo local onde Bolsonaro já estava detido.
Durante a internação, a segurança será mantida 24 horas por dia. Dois agentes da Polícia Federal permanecerão na porta do quarto hospitalar, além de equipes posicionadas dentro e fora da instituição. Também foi proibida a entrada de dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e computadores, exceto equipamentos médicos.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está autorizada a acompanhar o marido durante o período de internação. O ministro Alexandre de Moraes também liberou a visita dos filhos Flávio, Carlos, Jair Renan e Laura ao ex-presidente no hospital.
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