Manifestantes convocaram marchas em Santiago e em outras cidades do Chile nesta sexta-feira na esperança de reunir milhares de pessoas nas ruas ao fim de uma semana de protestos intensos contra o modelo econômico do país, que já deixaram 19 mortos, milhares de detidos e danos enormes.
O Chile viu o dia começar com caravanas de caminhões que detinham o fluxo nas principais rodovias de acesso à capital, em um protesto contra a cobrança de pedágios em estradas, que foram concedidas em sua maior parte ao setor privado a partir da década de 1990.
Santiago tinha mais linhas de metrô operando parcialmente, uma recuperação paulatina em relação ao fim de semana passado, quando o serviço suspendeu completamente suas operações na esteira de ataques a dezenas de estações — o que levou os militares a assumirem o controle da segurança da capital.
As mobilizações, que começaram com um clamor para as pessoas não pagarem a passagem de metrô devido a um aumento de tarifas, logo congregaram diversas reivindicações sociais, como saúde, educação e aposentadorias, em uma das economias mais estáveis, mas, ao mesmo tempo, mais desiguais, da América Latina.
Até agora o movimento não mostrou uma liderança clara, e as convocações aconteceram principalmente através de redes sociais. A ação desta sexta-feira chamava para “A Maior Marcha do Chile” a partir das 20h na Praça Itália, localizada a pouca distancia do palácio presidencial em Santiago. (Reuters/Uol)