Carlos Marun (MDB), ex-ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer, participou do podcast do Estado Play nesta quinta-feira (7), onde falou sobre sua carreira como deputado federal e seus próximos planos na política brasileira.
Para o deputado é cada vez mais difícil encontrar pessoas leais na política, visto que é um meio onde o “oportunismo se destaca”.
“Nós elegemos quantos prefeitos pelo MDB? Agora que estamos fora do poder, quantos permaneceram? Se quer encontrar gente leal é só ver a lista de quem permaneceu no partido”, ressaltou.
Sobre sua saída do conselho da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em maio de 2021, Marun relatou que não se sentia aliado aos projetos políticos do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“Estava exercendo uma função bem remunerada e que gostava, ali estava se tratando uma questão importante para MS, a Rota Bioceânica, que agora está virando realidade, mas como eu iria permanecer na Itaipu se não estava engajado no projeto político de Bolsonaro, que era a reeleição, então pedi demissão”.
O parlamentar afirmou ainda que a melhor saída para a política brasileira não está em Lula e nem em Bolsonaro.
“Entendo hoje que o país precisa de um outro caminho, que não é do Bolsonaro nem Lula, mas um caminho do meio, da pacificação e da valorização da união, o que nós vemos agora é uma radicalização nos dois extremos”, enfatizou.
Em relação às eleições deste ano, Marun afirmou que colocou seu nome a disposição do MDB para concorrer ao Senado Federal e que apoiará a candidatura de André Puccinelli (MDB) ao governo do Estado de Mato Grosso do Sul.