A 249 quilômetros de Campo Grande, vereadores da Câmara Municipal de Fátima do Sul ainda não deram seu parecer final sobre o pedido de cassação contra Diego Candido Batista (PSD), mais conhecido como Diego Carcará. Ele é suspeito de agredir a esposa e a entenda com “chineladas” e derrubar seu próprio filho bebê no chão.
Era esperada apreciação sobre a pauta no último dia 15, terça-feira passada. Entretanto, parece que um “silêncio” pairou sobre a Casa de Leis fatimassulense. O presidente Ermeson Cleber Mendes havia informado que o pedido de cassação seria primeiramente analisado pelos vereadores e, posteriormente, encaminhado à comissão de legislação para ver a constitucionalidade.
O requerimento de cassação foi enviado pelos parlamentares emedebistas Silvana Vasconcelos e Nilsinho Construtor e deferido no início deste mês. “O ilustre vereador [Diego Carcará] se envolveu em grave episódio de violência doméstica contra mulher e permaneceu, por esta razão, um mês preso preventivamente por ordem do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Fátima do Sul. Ainda terá de responder o processo criminal pelos mesmos atos. Tudo isso cria um enorme desgaste para nome desta Câmara Municipal”, alegaram no documento.
Por enquanto, não há nenhum comunicado no site oficial da Câmara de Veradores de Fátima de Sul, assim como nos perfis na internet da Casa de Leis. Os requerentes também não se prenunciaram em suas redes sociais.
Entenda o caso
Suspeito de agredir a esposa e a enteada com um par de chinelos, e ainda deixar cair no chão o filho bebê, Diego Carcará teria – segundo testemunho da vítima em boletim de ocorrência – desencadeado o ocorrido em janeiro deste ano. O relato da mulher descreve ingestão de bebida alcoólica por parte do marido, discussão e, na sequência, uma “intensa” briga física.
O parlamentar teve prisão preventiva e foi encaminhado para o presídio estadual na cidade de Dourados. De acordo com a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul, o inquérito do caso já foi concluído e Diego Carcará responderá pelos crimes de lesão corporal dolosa e vias de fato qualificadas por violência doméstica.
Em sessão extraordinária no dia 31 de janeiro, quase uma semana depois, foi decidido em unanimidade que o parlamentar não seria afastado de suas funções, mas suspenso por 30 dias sem remuneração por infração ao Código de Ética e por falta de decoro.
Até o momento, Diego Carcará continua ativo na Casa de Leis.