O governo brasileiro vai trabalhar para reduzir a alíquota de 50% imposta pelos Estados Unidos a exportações do Brasil e buscar a exclusão de mais produtos do chamado “tarifaço”, segundo afirmou nesta sexta-feira (26) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
Em entrevista a jornalistas durante evento da companhia aérea Latam, em São Carlos, interior de São Paulo, Alckmin destacou que os elogios do presidente dos EUA, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Assembleia Geral da ONU e a possibilidade de uma conversa direta entre os líderes representam “um passo importante” nas negociações comerciais entre os dois países.
“Vamos trabalhar para reduzirmos essa alíquota. De outro lado, excluir o máximo de produtos que a gente puder do tarifaço”, afirmou o vice-presidente.
Alckmin foi designado pelo presidente Lula para liderar, junto com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, as tratativas comerciais com os EUA. Segundo ele, o encontro recente entre os presidentes abriu caminho para próximos passos nas negociações.
Na semana passada, Trump elogiou Lula em discurso na ONU, afirmando que os dois tiveram uma “química excelente” e combinando de conversar novamente na próxima semana. Lula, em entrevista coletiva sobre sua viagem a Nova York, classificou a breve conversa como uma “surpresa boa”.
“Acho que foi dado um passo importante entre o presidente Lula e o presidente Trump, vamos dar agora os outros passos”, reforçou Alckmin, sinalizando que o governo pretende intensificar as negociações comerciais com Washington nas próximas semanas.
O foco principal da estratégia brasileira é reduzir o impacto das tarifas sobre exportações brasileiras e ampliar a lista de produtos que podem ser excluídos da sobretaxa imposta pelos EUA, buscando fortalecer o comércio bilateral e proteger setores estratégicos da economia nacional.
Com informações do SBT News
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