O ex-presidente Jair Bolsonaro segue internado em observação após passar por um procedimento médico na segunda-feira (29), no hospital DF Star, em Brasília. Ele foi submetido a um bloqueio do nervo frênico e permanece em repouso, com acompanhamento clínico previsto pelos próximos dois dias, além da realização de novos exames.
De acordo com o cirurgião Cláudio Birolini, a expectativa é de que Bolsonaro passe o Réveillon ainda no hospital. Segundo o médico, o período de observação é necessário para avaliar os resultados do procedimento e possíveis complicações. “A gente precisa de pelo menos 48 horas para avaliação de resultados e complicações. Ainda está prevista a realização de uma nova endoscopia digestiva alta. Estamos trabalhando com a hipótese de que, se não houver novas intercorrências, novos problemas, que ele fique aqui até quinta-feira (1º)”, afirmou durante entrevista coletiva.
A equipe médica esclareceu que o procedimento não tem caráter definitivo. O cardiologista Brasil Caiado explicou que as crises de soluços enfrentadas pelo ex-presidente são classificadas como “persistentes ou intratáveis”, geralmente associadas a outras condições clínicas. “Eles são decorrentes de outras doenças, mas comumente de pós-cirurgia do abdômen, que é um problema que o presidente tem, e também de doenças do trato gastrointestinal, que também ele tem. Por causa disso, e de ter este quadro com essa severidade, demandou um pouco mais de cuidado da nossa parte”, detalhou.
Já o radiologista intervencionista Mateus Saldanha informou que o procedimento durou cerca de uma hora e teve como objetivo principal reduzir a intensidade das crises. “É uma prova terapêutica, para amenizar. Se ele melhorar, vamos pensar em outros procedimentos futuros, mas nada agora”, explicou.
Segundo os médicos, Bolsonaro seguirá sob monitoramento contínuo enquanto os profissionais avaliam a resposta clínica ao tratamento e definem os próximos passos do acompanhamento.
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