Bolsonaro participa de evento e evita comentar indiciamento pela PF no caso das joias sauditas

Foto: Reprodução/ internet
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Neste sábado (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcou presença em um evento conservador em Santa Catarina, mas evitou comentar seu recente indiciamento pela Polícia Federal (PF) no caso das joias dadas de presente pela Arábia Saudita durante seu governo e supostamente negociadas de forma ilegal nos Estados Unidos.

Durante um breve discurso na abertura da Conferência Anual de Ação Política Conservadora (CPAC Brasil), realizada em Balneário Camboriú (SC), Bolsonaro afirmou não ter “ambição pelo poder”, criticou a “grande imprensa” e se declarou disponível para uma sabatina ao vivo de duas horas de duração. “Não tenho ambição pelo poder. Tenho obsessão pelo nosso Brasil”, disse Bolsonaro, que estava acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Bolsonaro dirigiu críticas à imprensa, sem mencionar nomes específicos de veículos, e se colocou à disposição para ser sabatinado ao vivo por duas horas. “Se acham que vão me desgastar, as mídias sociais nos deram a liberdade. Por isso, querem censurar”, afirmou o ex-presidente, reiterando sua disposição para uma sabatina sem manipulação ou edições.

Bolsonaro também falou sobre a importância da união da direita e mencionou o sacrifício pelo Brasil. “Vale a pena qualquer sacrifício pela nossa pátria. E a direita, que está unida, ficará ainda mais fortalecida depois desse evento”, completou.

O evento contará, neste domingo (7), com a presença do presidente da Argentina, Javier Milei, em sua primeira visita ao Brasil. A visita de Milei será de caráter privado, sem encontros previstos com autoridades do governo brasileiro.

Bolsonaro, junto com outras onze pessoas, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid e os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, foi indiciado pela PF no caso das joias sauditas. As joias foram dadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro durante a gestão de Bolsonaro e algumas foram supostamente negociadas de forma ilegal nos Estados Unidos. Posteriormente, ex-assessores tentaram recomprar os presentes para devolvê-los ao patrimônio brasileiro.

O relatório da PF será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso. Moraes encaminhará o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se arquiva, apresenta denúncia formal ou devolve o inquérito à PF para novas diligências e aprofundamento da investigação.

Bolsonaro enfrenta outros inquéritos, como o que investiga supostas fraudes em cartões de vacina contra a covid-19 e a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Em março, a PF indiciou Bolsonaro e aliados no caso dos cartões de vacina, mas a PGR devolveu o relatório pedindo novas diligências.

 

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