O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (20) que os médicos cubanos são “um objeto de venda por parte do governo cubano”. O presidente não cogita, neste momento, convocar médicos de outros países para ajudar no atendimento de saúde dos casos relacionados ao novo coronavírus.
“Não vamos convocar médicos de outros países. No momento, acho que o que nós temos aqui parece suficiente, mas se o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta achar que podemos abrir espaço para outros médicos, esses médicos têm que estar qualificados”, disse.
Segundo o presidente, o país não está buscando a ajuda de novos médicos em Cuba, mas sim contando com auxílios dos que ficaram no Brasil e receberam “asilo” do governo. “Esses (médicos cubanos) que nós estamos aceitando aqui é porque estão no Brasil, (são) pouco mais de 2 mil. Ninguém está buscando lá em Cuba médico nenhum, não”, declarou.
Mesmo antes do surto de covid-19, o governo federal já previa a contratação de cubanos que permaneceram em território brasileiro após o fim do acordo firmado entre Brasil e Cuba no âmbito do Mais Médicos.
“O que eu conversei com o Mandetta e está tudo certo é que por dois anos eles vão poder exercer a mesma coisa que faziam em governos anteriores, mas nada além disso”, afirmou.
O presidente, contudo, fez críticas à formação dos médicos de Cuba. “Se eles fossem tão bons assim, se a formação fosse tão boa assim, teríamos médicos cubanos aqui na frente de pesquisas, na frente de grandes hospitais e não temos”, acrescentou.
(Texto: João Fernandes com Isto É)