Bolsonaro considera pedir refúgio em embaixada se tiver prisão decretada

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista ao portal UOL, que não descarta a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada caso tenha sua prisão decretada pela Justiça. Bolsonaro é alvo de três inquéritos da Polícia Federal e foi indiciado por crimes cujas penas somam até 68 anos de reclusão.

Bolsonaro se disse vítima de perseguição política e expressou preocupação com a possibilidade de ser preso. Questionado sobre a hipótese de se exilar em uma embaixada, ele respondeu:

“Embaixada, pelo que eu vejo a história do mundo, quem se vê perseguido pode ir para lá. Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado”.

Em março deste ano, poucos dias após a apreensão de seu passaporte pela Justiça, Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília. O país é liderado pelo premiê Viktor Orbán, aliado político do ex-presidente. À época, Bolsonaro negou que estivesse buscando asilo político.

A análise de juristas aponta que Bolsonaro pode enfrentar penas de até 25 anos e seis meses de prisão, considerando crimes como:

– Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (com pena agravada por ser funcionário público);

– Golpe de Estado;

– Crime organizado, consumado.

As condenações de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, com penas de até 17 anos, indicam, segundo militares ligados ao Ministério da Defesa e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que Bolsonaro pode ser punido de forma ainda mais severa, devido ao papel de liderança atribuído a ele nos eventos.

Caso condenado, o ex-presidente completará 70 anos em março de 2025, o que, conforme prevê a legislação brasileira, pode reduzir a pena. Ainda assim, especialistas afirmam que a aplicação inicial deverá ser em regime fechado.

Juristas destacam que o caso de Bolsonaro transcende a mera aplicação técnica das penas. Sua eventual condenação assumiria um peso simbólico significativo, dado o impacto das decisões anteriores do STF sobre os atos de 8 de janeiro.

O cenário jurídico do ex-presidente segue acompanhado de perto, tanto no Brasil quanto no exterior, enquanto ele tenta se defender das acusações e lidar com a pressão crescente sobre seu futuro político e pessoal.

 

Com informações do SBT News

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