O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (12) durante live que o Brasil é “refém” da paridade de preço internacional. Segundo ele, o governo trabalha para reverter o cenário de aumento do preço dos combustíveis, mas que não pode “ser irresponsável” e interferir na política da Petrobras.
“Das 10 maiores economias do mundo, apenas o Brasil não é autossuficiente no refino do petróleo. Nós somos amarrados pela legislação à paridade de preço internacional, então somos reféns desse preço do combustível que chega de fora do Brasil”, disse o presidente, segundo o portal PODER360.
De acordo com ele, “essa conta vai demorar um pouco para pagar” e o governo tenta, com apoio da Petrobras, de diretores e do conselho, “ver o que se pode fazer para produzir o Petróleo, diesel e gasolina da forma mais barata possível na ponta da linha”.
“Estamos tentando reverter isso [a disparada de preço dos combustíveis] sim. Eu fico indignado com a Petrobras com seu lucro bilionário, onde se atende acionistas, e à voracidade do governo federal e também dos governos estaduais com impostos e na ponta da linha quem paga essa conta é a população”, declarou.
O presidente disse que “não podemos ser irresponsáveis” e que não pode interferir no preço do combustível. Também afirmou que não tem “poder nenhum sobre a Petrobras para decidir a maioria das coisas que acontecem lá dentro”.
Como funciona o PPI
O Preço de Paridade de Importação consiste na equiparação dos valores praticados no mercado interno, para os consumidores brasileiros, aos do mercado externo. Passou a ser adotado pela Petrobras em outubro de 2016, durante o governo Michel Temer (MDB). Até então, havia o que o mercado chama de “controle artificial dos preços” pela petroleira, o que trazia prejuízos aos acionistas e à própria empresa.
(Com Poder360)