Bastidores da política 30.08

Um problema a mais

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem um problema a mais para resolver no seu relacionamento político com o Palácio do Planalto: os efeitos colaterais das críticas e do iminente rompimento do governador tucano paulista Joao Doria com o presidente Jair Bolsonaro. Reinaldo espera contar com os escudos dos ministros sul-mato-grossenses Luiz Henrique Mandetta e Tereza Cristina para se proteger do tiroteio em que pode ser ver envolvido de uma hora para outra.

Mais perto

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) tem procurado estar mais próximo da Câmara Municipal, diminuindo assim o risco de problemas comuns quando a distância é grande. Ontem, por exemplo, fez questão de sancionar no plenário do legislativo a lei que criou o plano de cargos e carreira da Guarda Municipal, conversou com os amigos e outros nem tanto, desfez tensões e preveniu mal-entendidos. Saiu de lá certo de que não tem mesmo nada hostil pelos corredores.

Juntos de novo

O PSL e o PT voltam a andar juntos na Assembleia Legislativa. Ontem o deputado Cabo Almi (PT) teve o imediato e solidário apoio do deputado Coronel David (PSL), nas críticas a mudanças de funcionamento de delegacias na Capital. Ambos decidiriam, juntos, pedir audiência e levar moradores prejudicados para conversar com as autoridades do setor em busca de uma solução. Só mesmo quando o tema é Lula de um lado e Bolsonaro de outro, eles se dividem. No resto, ficam juntos como primos.

Silêncio eloquente

O deputado Zé Teixeira (DEM) tem mantido um eloquente silêncio sobre o quadro político e eleitoral de Dourados. Partidário de um amplo acordo em torno de um projeto igualmente grande para a cidade, ele evita entrar em discussões antecipadas, mesmo sabendo que terá sempre um peso específico no momento das decisões. Por ora, apoia a candidatura do colega Barbosinha (DEM) a prefeito. Segundo ele, só com um projeto político amplo, com várias lideranças participando, será possível remover, no futuro, os problemas da cidade.

Definição

O Partido Progressista não chega ao feriado de 7 de setembro sem resolver o seu problema político no Estado, com a definição do novo comando. A direção nacional, finalmente, olhou para Mato Grosso do Sul, entendeu o risco de o partido ficar ainda menor e decidiu sacudir a roseira. Troca o comando e vê quem afinal fica e quem vai mesmo sair. Certo é que, sem isso, estaria condenado a um esvaziamento sem precedentes. A meta continua sendo a eleição de um deputado federal em 2022.

Contra a estatística

O campo-grandense costuma não acreditar nos resultados dos censos demográficos que apontam sempre uma população inferior a um milhão de habitantes. Prefere afirmar, quase sempre, que os números são conservadores. Na verdade Campo Grande reduziu o ritmo do seu crescimento nas últimas décadas, e o sonho do milhão está mesmo sendo retardado por um crescimento cada vez mais modesto. Agora por exemplo, acaba de ser anunciado um crescimento de 10 mil habitantes que mal aproximam a cidade ainda das 900 mil almas vivendo por aqui.

Antes da primavera

O senador Delcídio do Amaral deve ingressar no PTB e assumir o comando da legenda no plano estadual antes do início da primavera. Um ato público está previsto para o 21 de setembro, quando o partido deve receber ainda outros filiados e contar com a presença de representantes da direção nacional. O deputado Neno Razuk (PTB), que presidente a legenda, está cuidando dos preparativos e garante que a data vai marcar uma nova retomada do crescimento do partido no Estado. A data depende ainda da compatibilização das agendas dos dirigentes para ser confirmada. (Guilherme Filho)

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