Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande realizaram, nesta segunda-feira (24), Audiência Pública para discutir sobre o projeto de lei 11.332/24, que regulamenta a aplicação da Política Municipal de Mobilidade e Acessibilidade Urbana e revisa o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Campo Grande.
O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Mobilidade Urbana, composta pelos vereadores Prof. André Luis (presidente), Luiza Ribeiro (vice), Tabosa, William Maksoud e Dr. Sandro Benites.
“O projeto entrou na Casa em maio e será votado amanhã. Nossa preocupação é dar maior transparência possível para que os munícipes tenham ciência do que está acontecendo em nível de mobilidade urbana em Campo Grande”, disse o vereador Prof. André Luís, proponente do debate.
Uma cidade evoluída tem que priorizar o transporte público. Nas ruas, não cabem mais carros. Precisamos abrir espaços para as bicicletas e os coletivos. E, para isso, precisamos de um transporte público de qualidade”, acrescentou.
Para a diretora-adjunta da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Vera Cristina Galvão Bacchi, a proposta é um instrumento de efetivação, em âmbito municipal, da política nacional de mobilidade urbana.
“Ela tem como objetivo diagnosticar as condições de mobilidade do município, identificando problemas e propondo soluções para a população”, disse.
Para a arquiteta Luana Corrêa, do coletivo Bici nos Planos, o plano é completo, porém, é preciso fiscalização para que a lei saia do papel. “Falta fiscalização na nossa cidade, não apenas no trânsito. Na teoria, as coisas existem, mas, na prática, elas não são concluídas. Nosso transporte público é ineficiente, ele não atinge a todos.
O gerente executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, defendeu a participação de todos na construção de uma mobilidade urbana de qualidade. “É um trabalho robusto e, se soubermos usar, vai melhorar muito. Temos que discutir mais o transporte, pois não é em apenas uma audiência que vamos resolver os problemas. Tudo precisa ser discutido, como é o caso das tarifas”, analisou.
Segundo o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Paulo da Silva, a mobilidade urbana de Campo Grande é um assunto complexo. “Temos, dentro da cidade, muitos modais de transporte. Tudo que o poder público pode fazer, ele deve fazer, e a Prefeitura tem feito ao longo dos anos. Mas tudo que envolve uma obra de grande porte implica muitos estudos e muita complicação no trânsito”, avisou.
Em sua fala, a vereadora Luiza Ribeiro lembrou que muitas pessoas têm o transporte coletivo como única alternativa na Capital e, por isso, voltou a defender a tarifa zero. “Já tem em algumas cidades brasileiras. Muitas funcionam sem a tarifa, e o serviço foi assumido pelo poder público, que faz a gestão e execução do serviço. Quando falamos de universalizar a gratuidade, é para ampliar o uso do transporte coletivo urbano. A tarifa de Campo Grande é uma das mais caras do Brasil”, apontou.
Com informações da Câmara Municipal de Campo Grande
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