Comissão não terá orçamento próprio e funcionários concursados atuam nos trabalhos
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o aumento nas faturas da Energisa foi instaurada ontem (12), durante a sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Apesar da aprovação da Mesa Diretora, o presidente da Casa, deputado Paulo Corrêa (PSDB), declarou que não será concedido orçamento próprio para as investigações.
De acordo com ele, o processo de CPI não implica a criação de uma estrutura extraordinária, com destinação de verba própria para os gastos da investigação e, para o caso, serão concedidos profissionais concursados da Assembleia e de qualquer uma das demais instituições ligadas ao Governo Estadual. “Nós temos alguns concursados na Casa que são advogados, que serão disponibilizados para serem utilizados pela CPI e os que ficarem pendentes, desde que sejam funcionários do Governo, a gente vai requisitar usar todos os órgãos necessários”, afirmou, lembrando o procedimento utilizado na CPI da JBS, em 2017.
Felipe Orro (PSDB), que já havia afirmado buscar economias na investigação, afirmou que a falta de orçamento próprio não será problema e as atividades previstas serão realizadas normalmente.”Nós vamos fazer essa CPI dar certo, vamos buscar a verdade, ouvir a empresa, fazer justiça, sem prejulgamento, fazer com que a população de MS, principalmente a população mais carente”.
Na reunião, também foram definidos alguns membros titulares. Felipe Orro, foi automaticamente indicado como representante do partido tucano, visto que é o autor do requerimento de criação da Comissão. Até o fim da sessão, haviam sido indicados João Henrique (PL) e Capitão Contar (PSL) em representação ao G10 (PSD, SD, PP, PTB, Republicanos, PSL e PL). O G9 (MDB, DEM, PT, PDT, PATRI) marcou uma reunião para discutir os representantes que serão indicados e deve apresentá-los na sessão de hoje (13). Como suplentes, o único definido foi Evander Vendramini (PP), pelo G10.
Orro também declarou já ter uma reunião agendada entre eles, para que seja definido o cronograma. Na última sexta-feira (8), em entrevista ao Jornal O Estado, ele declarou pretensão de continuar os trabalhos da CPI durante o recesso, no entanto, Paulo Corrêa afirmou que o grupo escolhido deverá definir se haverá pausa ou não.
(Texto: Julia Renó)