O candidato de oposição Alberto Fernández deve derrotar o atual presidente argentino Mauricio Macri na eleição de 27 de outubro por quase 20 pontos percentuais, o suficiente para vencer no primeiro turno, apontam pesquisas de opinião mais recentes.
O desafiante massacrou Macri, que é apoiado pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro, na primária de agosto, que na Argentina é vista como uma prévia da eleição geral. Fernández obteve surpreendentes 47,78% dos votos diante dos 31,79% do presidente, o que mostrou a que ponto as políticas econômicas do líder abateram sua popularidade.
Sediado em Buenos Aires, o instituto de pesquisas online Clivajes disse que suas sondagens mostram que Fernández deve ficar com 53,7% das urnas no final do mês e Macri com 33,2%, o que espelha outras enquetes com resultados semelhantes.
A Argentina está passando por uma crise de crédito desde que a queda dos mercados financeiros empurrou o país para um calote, forçando Macri a adotar planos para adiar o pagamento de cerca de 100 bilhões de dólares da dívida do país.
Recentemente, Macri adotou recorreu a medidas populistas, mas como a pobreza subiu para mais de 35% durante seu mandato de quatro anos, os institutos de pesquisas lhe dão uma chance pequena de se reeleger.
A lei argentina diz que, para conquistar a presidência já em outubro, qualquer candidato precisa conseguir 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre seu rival mais próximo. (Reuters)