Presidente nacional do ninho tucano se reuniu com lideranças em Campo Grande nessa quinta-feira
Mesmo conquistando mais da metade das prefeituras em Mato Grosso do Sul, o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), perdeu força no Brasil, obrigando lideranças a procurarem alternativas para manter o número e não perder benefícios como tempo de propaganda partidária e o fundo eleitoral, devido a Cláusula de Desempenho, situação que trouxe o presidente nacional do partido, Marconi Perillo à Capital sul-mato-grossense, com a promessa de ‘conclusão’ sobre o assunto ainda no primeiro semestre de 2025.
Marconi Perillo esteve com o presidente regional do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja que também ocupa o cargo de tesoureiro da sigla em nível nacional, e o governador Eduardo Riedel, um dos vice-presidentes do partido, além de deputados estaduais e federais. A conversa gira em torno de possíveis fusões ou federação, sendo que os principais candidatos são PSD, Republicanos e Podemos.
Conforme o líder em Mato Grosso do Sul, o debate começa a ser construído. “Recebemos hoje o presidente nacional do PSDB, ex-governador Marconi Perillo, para uma conversa bastante ampla e produtiva sobre a política nacional e o futuro do quadro partidário brasileiro. É um tempo de diálogo e debate. É assim que a gente começa a construir decisões coletivas”.
Dos “namoros” entre os partidos, o PSD investe pesado, sendo que o vice-governador, Barbosinha afirmou ao Jornal O Estado, ter conversado com o presidente Gilberto Kassab sobre o assunto. “Se depender de nós, faremos todos os esforços para que tanto o Riedel, quanto o Reinaldo possam vir para o nosso partido […] Nós temos conversado, outros partidos também estão nesse namoro”.
Ao comparecer na reunião de ontem (13), o deputado federal, Beto Pereira, afirmou que se o partido ão fizer uma fusão, ele “não vai sobreviver”.
Já o deputado Dagoberto Nogueira, apontou novamente a demora para um direcionamento da administração nacional. O parlamentar já havia mostrado insatisfação ao conversar com o Jornal. “O PSDB acabou. Nós não temos mais PSDB nacionalmente, ele só existe no Mato Grosso do Sul. O próprio Rio Grande do Sul tem um número elevado de deputados e só fez dois. Aqui nós só temos oito, e fizemos três, quase fizemos o quarto. A Raquel Lyra em Pernambuco, não fez nenhum deputado federal. São Paulo, que sempre teve 30 deputados, hoje tem dois do PSDB. Então, ele acabou”.
As autoridades esperam direcionamento e seguirão principalmente o que decidir Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel.
Por sua vez, Marconi Perillo disse que buscará soluções para ultrapassar o desafio da Cláusula do Desempenho. “Sabemos das dificuldades impostas pela legislação. A partir da eleição de 2026 a chamada “Cláusula de Desempenho” ficará mais rígida e precisamos encontrar soluções para superar esse obstáculo. Isso inclui a construção de chapas fortes para as eleições para o Congresso Nacional, para as assembleias estaduais e distrital, para os governos estaduais e para a Presidência da República, além de alianças fortes e robustas para lhes dar sustentação”.
Eleições 2024.
O PSDB, junto com o PDT e Cidadania foi um dos partidos que mais apresentaram redução no número de prefeituras, com relação a 2020. Os tucanos que conquistaram 520 vitórias em 2020, venceram em 269 cidades em 2024, uma redução de 48%, praticamente a metade.
Ainda em 2024, Reinaldo Azambuja já tinha comentado dizendo que o PSDB não estaria sozinho após essas eleições, acreditando na diminuição de todos os partidos.
“Acredito, que após 2024 não vai mais ficar essa configuração partidária existente hoje com mais de 30 partidos. Acredito que teremos no máximo de 8 a 10 partidos nas eleições de 2026 […] Teremos fusão, teremos federação de partidos se unindo para a disputa, acho que essa vai ser a tônica, o PSDB não vai permanecer sozinho, ele vai agregar alguns aliados, como outros partidos também não ficarão mais sozinhos”.
Por Carol Chaves
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