Após disparada do dólar, Lula reafirma compromisso com responsabilidade fiscal e controle da inflação

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em meio ao nervosismo do mercado financeiro causado pela recente disparada do dólar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quarta-feira (3) que o Brasil manterá a responsabilidade fiscal e o controle da inflação.

“Estejam certos que a comida vai ficar barata, estejam certos que esse país jamais será irresponsável do ponto de vista fiscal”, declarou Lula durante o evento de lançamento do Plano Safra da agricultura empresarial, no Palácio do Planalto.

A fala de Lula ocorre um dia após a moeda norte-americana registrar a maior alta frente ao real em cerca de um ano e meio, um movimento influenciado pela alta das taxas de juros nos Estados Unidos e pelas críticas recentes de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O presidente, que está em seu terceiro mandato, enfatizou sua experiência à frente do governo. “Não tenho um dia de experiência, eu tenho 10 anos na Presidência”, afirmou Lula, ressaltando que o país deve permanecer calmo, pois “está tudo acontecendo favoravelmente ao país. Se você tem um desarranjo qualquer, você só tem que consertar”.

Lula evitou comentar diretamente sobre a oscilação do dólar, mas suas declarações foram interpretadas como um sinal aos agentes econômicos de que o governo está comprometido em manter a estabilidade fiscal e econômica.

Durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025, Lula voltou a defender a inclusão da carne na cesta básica, que, segundo ele, deverá ter alíquota zero de impostos na reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional.

“Vamos ter que entender que, possivelmente, a gente tenha que separar entre o que é carne in natura e o que é carne processada, pra gente criar diferença. Mas, sinceramente, eu sou daqueles, Haddad [ministro da Fazenda], que vou ficar feliz se puder comprar carne sem imposto”, disse Lula diante de uma plateia que incluía dezenas de empresários do agronegócio.

Os grupos de trabalho da regulamentação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados estão finalizando os textos, que devem ser votados ainda este mês. Pela proposta inicial do governo, as carnes entram na categoria estendida, com isenção de 60%, mas o apelo de Lula pode zerar essa cobrança.

Lula também fez um aceno aos caminhoneiros e motoristas de carga, reconhecendo os desafios enfrentados pela categoria devido à queda no frete e na produção. “A outra coisa são os companheiros caminhoneiros que estão com problema aí, porque o frete está baixando, a produção caiu, e a gente vai tentar cuidar de vocês”, afirmou o presidente.

 

Com informações da Agência Brasil.

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